Às 10 horas, o Ibovespa - principal índice de ações do mercado brasileiro - cai 0,2%, 58.002 a pontos. Na abertura do mercado futuro às 9 horas, o Ibovespa Futuro recuava 0,51%.
Meia hora antes da abertura do pregão da Bovespa, os EUA divulgaram que o número de postos de trabalho ficou estável em agosto, quando o esperado era criação de 80 mil vagas. A taxa de desemprego veio em linha com o esperado, de 9,1%.
"Os números estão sendo avaliados por serem um indicador de recessão", diz o operador da mesa institucional da corretora Renascença, Luiz Roberto Monteiro
Com a atenção voltada aos dados que ainda não haviam sido divulgados nos EUA, as bolsas da Ásia encerram em baixa. Hong Kong caiu 1,81% e Tóquio, 1,2%.
Na Europa, voltaram as preocupações com a Grécia. Mais cedo, foi noticiado que as conversas entre o governo grego e a equipe de inspetores da União Europeia, do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Central Europeu (BCE) foram suspensas. "Para haver ajuda, precisam de mais cortes. Fica essa discussão", diz Monteiro. As conversas deveriam ser concluídas em 5 de setembro.
A Bolsa de Londres recua 2,31%, Alemanha, 3,25%, Paris, 3,24% e Madri, 3,35%.
"A alta forte de ontem também contribui para a queda", avalia Monteiro. Ontem a Bovespa avançou 2,87%, ainda se ajustando ao corte do juro básico (Selic) em 0,5 ponto porcentual. Hoje, investidores podem aproveitar para vender os papéis e embolsar o lucro.
No Brasil, o destaque do dia foi a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre, que registrou crescimento de 0,8%. "O número veio em linha com o esperado. Não deve mexer com o mercado", diz.