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Em janeiro, consumo do País foi atípico

As famílias brasileiras já começaram o ano mais inclinadas a consumir. O índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), medido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), cresceu 1,8% de dezembro para janeiro, mês atípico para ir às compras. O resultado chegou a 139,7 pontos, uma alta de 0,3% na comparação com janeiro do ano passado. De acordo com a CNC, o consumo moderado no período de Natal, o reajuste do salário mínimo e as medidas do governo de incentivo ao crédito contribuíram para elevar a confiança das famílias para consumir, mesmo em um período do ano em que costuma haver menor disposição às compras, por causa de despesas extras como IPTU e IPVA.Mas foi a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para eletrodomésticos da linha branca - fogões, máquinas de lavar e refrigeradores - o grande motivador para o crescimento na intenção de consumo das famílias em janeiro. Todos os componentes do índice melhoraram, mas houve aumento considerável na confiança sobre o momento para bens duráveis (4,6% ante dezembro) e sobre o nível de consumo atual (4,1%). "A redução do IPI em dezembro já criou maior disposição nas famílias para consumir bens duráveis", diz Bruno Fernandes, economista da CNC. O economista afirma que a desaceleração da inflação como um todo - não apenas no setor de duráveis - teve papel importante para aumentar a intenção de compra, porque se refletiu na renda do consumidor. "O reajuste do salário mínimo - em vigor desde 1.º de janeiro - proporcionou um ganho nominal à renda do trabalhador, enquanto a menor aceleração da inflação voltou a possibilitar ganho real." O aumento na intenção de consumo ocorreu tanto entre as famílias que recebem mais de dez salários (1,5% em janeiro ante dezembro) quanto entre as famílias com renda de até dez salários mínimos (1,8%). Ainda em relação a dezembro, os dados regionais mostram aumento na intenção de consumo no Sudeste (3,1%) e no Norte (6%).

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