Em todas as partes do mundo a corrupção no meio político é uma preocupação real. Podendo ocorrer de várias formas, como nepotismo, fraude, subornos, uso de fundos públicos etc. Um exemplo brasileiro é a Operação Lava Jato, que muitos querem enterrar, mas que revelou um esquema de corrupção incontestável envolvendo grandes empresas e políticos de alto escalão.
Podem ser citados muitos outros exemplos ao redor do planeta que mostram a profundidade e a gravidade da corrupção política. Em 2023 o Brasil ficou na 104.ª posição entre 180 países no Índice de Percepção da Corrupção (IPC) publicado pela Transparência Internacional. Essa preocupação geral tem levado a muitos países implantarem leis e regulamentos para combater a corrupção, como as leis Foreign Corrupt Practices Act (FCPA) e a Stop Trading on Congressional Knowledge (STOCK), nos Estados Unidos, que buscam aumentar a transparência e a responsabilização em casos de corrupção.
No entanto, a eficácia dessas leis ainda é questionada por conta do uso de informações privilegiadas por parte de congressistas. Mas, o fato de não praticar corrupção aparentemente não faz com que os congressistas norte-americanos deixem de ganhar muito dinheiro. No ano passado que foi bom para a maioria dos investidores, quando o índice S&P 500 subiu mais de 24%, os membros do Partido Democrata tiveram um retorno médio em seus investimentos de 31,2%, segundo análise feita pelo serviço Unusual Whales, que foca na transparência do mercado.
No entanto, os Republicanos tiveram um ganho médio mais modesto de menos de 18% no ano. Para dar uma ideia do valor investido pelos congressistas norte-americanos, em 2018, a mediana do patrimônio líquido dos senadores era de aproximadamente US$1,70 milhão, enquanto na Câmara dos Representantes era de cerca de US$500 mil.
Embora o alto rendimento dos investimentos realizados pelos congressistas possa ser parcialmente explicado por fatores legítimos como experiência e conhecimento financeiro, a possibilidade de uso de informações privilegiadas e redes de contatos também não podem ser descartadas. Os políticos têm acesso a relatórios detalhados e análises econômicas que podem influenciar suas decisões de investimento.
Isso não constitui necessariamente corrupção, mas traz um benefício que a maioria dos investidores não possui, assim levanta questões éticas e pode ser visto como um abuso de posição para ganho pessoal. A transparência e a fiscalização rigorosa são essenciais para garantir que esses ganhos não sejam resultado de práticas eticamente questionáveis. A luta contra a corrupção é crucial para garantir e promover a justiça e a equidade nas sociedades democráticas. Isso também vale para o Brasil!
