Publicidade

Fed defende maior supervisão e regulação de bancos após quebra do SVB

Segundo o Banco Central americano, instituição foi incapaz de identificar vulnerabilidades e não tomou medidas suficientes para corrigir problemas

Por André Marinho
Atualização:

Como resultado da revisão dos eventos que culminaram na quebra do Silicon Valley Bank (SVB) em março, o vice-presidente de supervisão do Federal Reserve (Fed), Michael Barr, concluiu que o Banco Central americano deve fortalecer os instrumentos para garantir uma vigilância eficaz do sistema bancário dos Estados Unidos.

Segundo Barr, o Fed foi incapaz de identificar completamente as vulnerabilidades do SVB e não tomou medidas suficientes para assegurar a correção dos problemas. “É por isso que precisamos de reforçar amplamente a resiliência no sistema financeiro, e não se concentrar apenas em fatores de risco específicos”, defendeu.

PUBLICIDADE

O dirigente argumentou que as autoridades de supervisão devem adotar ferramentas que levem em conta o crescimento do portfólio dos bancos e os tornem preparados para cumprir diferentes exigências de liquidez, no lugar de fornecer um longo período de transição para que se adaptem.

“Também precisamos estar atentos aos riscos específicos que empresas com rápido crescimento, modelos de negócios concentrados ou outros fatores especiais podem surgir independentemente do tamanho dos ativos”, avalia.

Federal Reserve é o órgão com funções de Banco Central nos Estados Unidos Foto: REUTERS/Jason Reed/File Photo/File Photo

Para Barr, maiores requerimentos de capital e liquidez podem ajudar a proteger as instituições bancárias de riscos. “Como outro exemplo, os limites às distribuições de capital ou compensação de incentivo podem ser apropriados e eficazes em alguns casos”, defendeu.

O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, endossou as conclusões de Barr.

“Concordo e apoio suas recomendações para abordar nossas regras e práticas de supervisão e estou confiante de que elas levarão a um sistema bancário mais forte e resiliente”, destacou.

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.