WASHINGTON E BRASÍLIA - O economista Afonso Bevilaqua deve ser indicado pelo governo brasileiro para assumir a diretoria executiva do Fundo Monetário Internacional (FMI). A chefia da representação do Brasil no Fundo era ocupada por Alexandre Tombini, ex-presidente do Banco Central, desde 2016.
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Tombini foi anunciado no início de julho como representante chefe para as Américas do Banco Internacional de Compensações (BIS), espécie de banco dos bancos centrais. Desde então, o governo vinha articulando um nome para assumir a cadeira no FMI. Segundo apurou o Estadão/Broadcast, o nome de Bevilaqua está definido e tem o aval do presidente Jair Bolsonaro.
Bevilaqua é do Departamento de Economia da PUC-Rio e já ocupou a diretoria de Política Econômica do BC. Em 2007, no segundo mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pediu demissão, desgastado por críticas dentro e fora do governo. Na época, ele era apontado pelo mercado como principal influência conservadora do Comitê de Política Monetária (Copom), colegiado responsável pelas decisões sobre o rumo dos juros no País.
O novo indicado à diretoria do FMI é doutor em economia pela Universidade da Califórnia, Berkeley (EUA) e já atuou como economista do Fundo. Também trabalhou como consultor do Banco Mundial, do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), além de instituições financeiras públicas e privadas.
Durante a transição de governo, no ano passado, a equipe de Bolsonaro cogitou o nome do economista como um dos candidatos a assumir a chefia do BC, que acabou sendo destinada a Roberto Campos Neto.
A diretoria executiva do FMI é composta por 24 diretores, eleitos pelos países membros ou por grupos de países, e pela diretora-gerente. Cabe à diretoria executiva conduzir o dia a dia do fundo, com reuniões na capital americana.
O diretor indicado pelo Brasil representa, além do País, os seguintes membros: Cabo Verde, Equador, Guiana, Suriname, Haiti, Nicarágua, Panamá, República Dominicana, Timor Leste, Trinidad e Tobago.