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Indústria tem maior alta desde 2004 com mercado interno

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Por Redação
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A produção industrial brasileira cresceu no ano passado no maior ritmo desde 2004, estimulada principalmente pela força da demanda interna, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira. A alta foi de 6 por cento, exatamente em linha com a previsão do mercado e acima do dado de 2,8 por cento de 2006. Em dezembro, a atividade retraiu-se pelo segundo mês seguido, em 0,6 por cento contra novembro, mas cresceu 6,4 por cento ante igual período de 2006. Analistas ouvidos pela Reuters previam queda de 1 por cento mês a mês e alta de 6 por cento na leitura anual. "O desempenho industrial de 2007 foi apoiado principalmente no aquecimento da demanda doméstica, por conta da manutenção da expansão do crédito, do aumento da ocupação e da renda, e da ampliação dos investimentos", disse o IBGE em nota. No ano, os destaques de crescimento da produção foram os setores de Veículos automotores (15,2 por cento) e Máquinas e equipamentos (17,7 por cento). Nesse segundo, as maiores altas foram de centros de usinagem, fornos microondas, refrigeradores e máquinas para colheita. Entre as categorias de uso, a maior expansão veio de bens de capital, de 19,5 por cento, enquanto a atividade de bens de consumo duráveis avançou 9,2 por cento. A produção de bens intermediários subiu 4,9 por cento e a de bens de consumo semi e não duráveis aumentou 3,4 por cento. "Em 2007, o aumento da produção foi abrangente", acrescentou o IBGE. Em dezembro na comparação com novembro, o destaque de retração da produção ficou com Veículos automotores, de 6,2 por cento. Nas categorias de uso, a atividade de bens de consumo semi e não duráveis teve queda de 2,1 por cento e a de bens de capital declinou 0,2 por cento, interrompendo quatro taxas positivas seguidas. Já bens intermediários e bens de consumo duráveis tiveram expansão, de respectivamente 1,0 e 0,6 por cento. O IBGE revisou o dado de novembro na comparação com outubro, de queda inicialmente informada de 1,8 por cento para recuo de 2 por cento. (Por Rodrigo Viga Gaier; Edição de Vanessa Stelzer)

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