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Inflação de 2012 é revisada para 5,55%

Pela 5ª semana consecutiva, o mercado reduziu estimativas para o indicador; há um mês, pesquisa Focus, do BC, indicava taxa de 5,60%

Por Fernando Nakagawa e BRASÍLIA
Atualização:

Pela quinta semana consecutiva, o mercado reduziu suas estimativas para a inflação no próximo ano. Pesquisa semanal realizada pelo Banco Central mostra que a previsão para o IPCA em 2012 caiu ligeiramente, de 5,56% para 5,55%. O ritmo mais bem comportado dos preços é resultado dos efeitos da crise financeira que tem diminuído a demanda entre as famílias e empresas. A expectativa para a inflação neste ano seguiu em 6,48%, mantendo-se, portanto, dentro da meta de inflação que tem margem de tolerância máxima de 6,50%. Com a inflação dentro do limite em 2011 e em queda para 2012, analistas mantêm a aposta de que o corte de juros deverá continuar nos próximos meses. Na pesquisa, segue a previsão de que a taxa básica, a Selic, deve ser cortada novamente em 0,50 ponto porcentual na reunião que acontece na próxima semana, o que levará a taxa para 11%. No próximo ano, os cortes devem continuar e a taxa deve recuar para 10% em dezembro. A redução dos juros vai tentar ajudar a economia a não sofrer tanto com a crise. Pelas contas dos economistas, a economia deve crescer 3,16% em 2011 e, com medidas de incentivo - como o corte da Selic e a reversão das amarras às operações de crédito - devem fazer com que o ritmo da atividade econômica deve voltar a crescer para 3,50% em 2012. Apesar de as projeções para a economia não terem sofrido alteração, a previsão para o desempenho do setor industrial continuou em trajetória de queda. Para 2011, a expectativa de expansão do setor caiu de 1,55% para 1,37%, na terceira redução seguida. Para 2012, a expectativa dos analistas foi reduzida de 3,74% para 3,68%, ante 3,90% de um mês atrás. Dívida. Na pesquisa, analistas não alteraram a previsão para o comportamento do indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB em 2012 e foi mantida a expectativa de que o dado deva ficar em 38% do PIB, número repetido há 22 semanas. Para 2011, a previsão para o indicador caiu de 38,65% para 38,60%, ante 39% de um mês atrás. A pesquisa tampouco trouxe mudanças nas previsões do mercado financeiro para o comportamento da taxa de câmbio nos próximos meses. De acordo com o levantamento semanal, a mediana das projeções para o patamar do câmbio no fim de 2011 e também no fim de 2012 manteve-se em R$ 1,75 pela sexta pesquisa consecutiva. A mediana das estimativas para o saldo negativo em transações correntes em 2012 foi mantida em US$ 68,63 bilhões.

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