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Opinião|A Essência da Liderança Inclusiva

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Por Claudia Miranda Gonçalves

Por Andréa Nery

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Recentemente tive o privilégio de participar do evento "Aya Impact Morning" que fomenta o debate de assuntos relevantes para empreendedores e sociedade civil, promovido pelo Impact Hub São Paulo na AYA Earth Partners.

Nesta ocasião foi abordado o tema do empreendedorismo impulsionando a inclusão produtiva. Palestrantes de destaque, representando empresas como Suzano, Fundação Arymax, Fundação Grupo Volkswagen e Pluxee trouxeram valiosas reflexões que gostaria de compartilhar aqui.

Fiquei positivamente surpresa pela abertura com que as palestrantes compartilharam casos de sucesso e insucesso em suas jornadas, e destacaram como o trabalho de inclusão exige uma profunda desconstrução da mentalidade de todos os agentes envolvidos.

Entender os elementos desta descontrução é, na minha opinião, um caminho para promover uma liderança inclusiva.

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Estas experiências ressaltaram a necessidade de uma abordagem humilde e curiosa por parte daqueles que detêm recursos para promover a transformação socioambiental. Uma abordagem em que reconhecemos que, em qualquer situação, diante de todo ser humano, lidamos com potencialidades! Destacando que todos possuem as capacidades inatas ou adquiridas para desenvolver habilidades, alcançar objetivos e ter uma vida plena.

Ao apoiar uma comunidade em seu processo de desenvolvimento, é essencial praticar uma escuta profunda que não apenas abre caminhos, mas também cria oportunidades para os sonhos individuais e coletivos. Adotar uma estratégia que emana da própria comunidade é fundamental para promover a verdadeira inclusão.

É imprescindível evitar cair na armadilha da arrogância e da suposição de ter a solução definitiva. Ao ter um olhar para escassez e não para a abundância já existente podemos acabar por impor nossas verdades, atuando como salvadores, sem verdadeiramente deixar florescer o que já está presente.

Ao invés disso, é essencial assumir uma postura fundamentada em evidências, com estímulo para uma cultura de avaliação e monitoramento que alimente um conhecimento coletivo e uma tomada de decisão estratégica não se limitando ao desenvolvimento de indicadores e elaboração de relatórios, mas sim à observação cuidadosa das necessidades e oportunidades para redefinir caminhos quando necessário e promover evolução.

Além disso, é imperativo uma visão sistêmica e de longo prazo, incluindo uma compreensão abrangente de toda a jornada, e a promoção do verdadeiro pertencimento. Uma abordagem que deixa clara a necessidade de parceria e colaboração.

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Foram compartilhados exemplos de iniciativas que, apesar de gerarem impacto imediato, não se sustentaram a longo prazo ou não promoveram a dignidade devida a todo ser humano. O aprendizado-chave foi que a verdadeira mudança só pode ser alcançada quando diversos agentes colaboram, colocando o melhor de si a serviço do coletivo. Ninguém isoladamente será capaz de oferecer a solução para as questões complexas que estamos vivendo no âmbito socioambiental.

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Refletindo sobre estes insights ficou evidente que estes pontos trazidos a partir da perspectiva da filantropia são igualmente importantes e relevantes para os líderes das organizações e empresas de outros setores.

Isso envolve pensar além dos lucros imediatos, promover a colaboração entre diversas partes interessadas para abordar questões complexas e cultivar uma cultura inclusiva que promova o senso de pertencimento em suas organizações, garantindo igualdade de oportunidades para todos os colaboradores e clientes. Como líderes empresariais, adotar uma abordagem de aprendizado contínuo e avaliação constante significa estar aberto a ajustar estratégias com base nos resultados.

Habilidades como empatia, humildade, visão sistêmica e de longo prazo, colaboração e networking, pensamento crítico e resolução de problemas, adaptabilidade e aprendizado contínuo, e mobilização são claramente necessárias para poder enfrentar os desafios diários.

Encorajo todos a considerarem como podem desenvolver e aprimorar essas habilidades para criar ambientes de trabalho mais colaborativos, inclusivos, sustentáveis e saudáveis.

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Ao refletir sobre isso, o que fica vivo em você?

Opinião por Claudia Miranda Gonçalves
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