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Liberação de R$ 5 bi deve-se à arrecadação maior, diz Bernardo

Ministro do Planejamento nega que decisão do governo de liberar recursos esteja ligada à negociação da CPMF

Por Fabio Graner e da Agência Estado
Atualização:

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou nesta quarta-feira, 21, que a decisão do governo de liberar R$ 5 bilhões dos gastos de custeio e investimento que estavam contingenciadas no Orçamento da União deveu-se ao aumento na arrecadação da Receita e também à expectativa de menor déficit na Previdência.   Veja também: Planejamento libera mais R$ 5 bi   Questionado se essa liberação teria relação com as negociações para a aprovação da CPMF no Congresso, o ministro respondeu: "A liberação decorre da avaliação bimestral em que verificamos uma expectativa de déficit menor da previdência e também receitas maiores. Vamos executar os programas com prudência para ir confirmando as receitas", disse o ministro, que participou nesta manhã do 5º Encontro Nacional de Dirigentes de Recursos Humanos, em Brasília.   Quando perguntado se a forte alta na arrecadação não justificaria o fim da CPMF, o ministro disse que o tema deverá ser discutido no âmbito das negociações da reforma tributária e que por hora o governo já decidiu que vai diminuir a alíquota do tributo e aumentar a faixa de isenção. Destacou ainda que o governo vai aumentar recursos destinados à saúde.   Bernardo disse que a arrecadação tem subido por conta da maior atividade econômica, que tem elevado o emprego, os salários, as vendas no varejo e o lucro das empresas. "As empresas estão bamburrando de ganhar dinheiro", disse o ministro, destacando que a maior lucratividade não se resume às instituições financeiras, mas também às empresas não financeiras, que "nunca tiveram tanto lucro".   O ministro não soube explicar a expressão "bamburrando", mas deixou entender que seria algo mais forte que o "bombando" já usado por ele, em outras ocasiões.

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