BRASÍLIA – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que vai levar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em reunião nesta segunda-feira, “dois pontos” que ainda precisam ser endereçados nos textos de regulamentação da reforma tributária sobre o consumo.
Se Lula “bater o martelo” nessas questões, os projetos podem ser fechados nesta terça-feira, 23, para encaminhamento ao Congresso nesta semana, disse o ministro ao sair do prédio da Fazenda para se encontrar com o presidente.
“Vamos fechar dois pontos que a Casa Civil levantou e pediu para despachar com o presidente, para que nesta semana a gente encaminhe ao Congresso. Se o presidente bater o martelo nesses dois pontos, que não me parecem difíceis de resolver, a gente fecha o texto amanhã e podemos encaminhar nesta semana”, disse Haddad.
Questionado sobre a cobrança feita por Lula aos ministros na articulação política, Haddad respondeu que “só faz isso da vida”. Mais cedo, o chefe do Executivo pediu que o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), seja “mais ágil” e que Haddad deixe de ler livro e passe mais tempo discutindo com parlamentares.
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“Eu só faço isso da vida (conversar com parlamentares)”, respondeu Haddad ao ser questionado por jornalistas. A declaração de Lula foi feita durante o lançamento do programa Acredita, pacote de crédito voltado a pequenos negócios, no Palácio do Planalto.
“Conversa com bancada A, com bancada B. É difícil, mas a gente não pode reclamar porque a política é exatamente assim. Ou você faz assim ou não entra na política”, declarou Lula. O governo do petista passa por um momento de desgaste no Congresso.
É possível que, nos próximos dias, Lula encontre os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para tentar melhorar a relação do governo com o Congresso. As prováveis reuniões serão individuais, e não com os dois congressistas ao mesmo tempo.