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Negociações com FMI caminham bem, afirma Parente

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro-chefe da Casa Civil, Pedro Parente, afirmou hoje ao deixar o Ministério da Fazenda, que as negociações do governo brasileiro com o FMI estão "caminhando muito bem". Sem dar detalhes sobre as conversas, Parente comentou que as negociações têm levado em conta "o senso de urgência necessário" em função da volatilidade nos mercados. "Estamos confiantes", afirmou. Ele esteve reunido com o ministro da Fazenda, Pedro Malan, discutindo a agenda do encontro com o secretário do Tesouro norte-americano dos EUA, Paul O´Neill, que chega domingo ao País. Candidatos Na opinião de Parente, é natural a importância dada à posição dos candidatos à Presidência com a manutenção do atual arcabouço macroeconômico. Ele ressaltou, no entanto, que quem deve formalizar a assinatura de um acordo com o Fundo é o "governo que governa até 31 de dezembro". Parente disse ainda que não se coloca nas discussões com o FMI a idéia de um compromisso formal dos candidatos a presidente. Parente disse que de qualquer forma a posição dos candidatos nesse processo é relevante. "O importante é que os candidatos manifestem posições que são de importância para o País. As declarações dos candidatos têm sido na direção positiva", disse o ministro, citando como exemplo as declarações dadas hoje pelo senador Roberto Freire, presidente do PPS e um dos coordenadores da campanha de Ciro Gomes. Visita de O?Neill O ministro afirmou que as declarações do secretário do Tesouro dos EUA e do próprio governo dos EUA têm mostrado um apoio importante e expressivo ao Brasil. "As declarações mostram um apoio importante e expressivo, e que me parecem vão além da retórica". O?Neill será recebido em jantar, no próximo domingo, no Rio, do qual participam, além do ministro-chefe da Casa Civil e do ministro da Fazenda, o presidente do Banco Central, Armínio Fraga. Parente também confirmou que o secretário do Tesouro norte-americano deverá ser recebido pelo presidente Fernando Henrique Cardoso possivelmente na manhã de segunda-feira, dia 5. Parente disse ainda que não se pode esperar que O´Neill venha fechar "entendimentos e acordos" em sua visita ao País. "Isso seria inapropriado até porque o acordo está sendo fechado com o FMI, em Washington, e não com o governo dos EUA", destacou. Ele disse ainda que não há nenhum tipo de "mágoas ou ressentimentos" com relação às declarações dadas por O´Neill no último domingo. "Quando estamos falando da relação de países não há lugar para mágoas e ressentimentos". Parente frisou mais uma vez que a grande questão do momento está relacionada às expectativas do mercado. Tanto é que as declarações dadas ontem por O´Neill e as discussões mais concretas com o FMI fizeram com que o mercado saísse de "um surto de irracionalidade", que levou o dólar à cotação de R$ 3,61 para uma cotação hoje de R$ 3,03.

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