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Executivo da ThyssenKrupp será cobrado por perdas na América

Por MARILYN GERLACH

O presidente do Conselho de Administração da ThyssenKrupp, Gerhard Cromme, será confrontado na sexta-feira à medida que acionistas questionam os investimentos no continente americano que levaram a maior siderúrgica alemã para o vermelho. Heinrich Hiesinger, gerente da Siemens que se tornou presidente-executivo da ThyssenKrupp em janeiro do ano passado, explicará no encontro anual de acionistas como quintuplicou a perda da empresa com a Steel America, que administra as novas fábricas de 12 bilhões de dólares no Brasil e no Alabama, Estados Unidos. O predecessor de Hiesinger como presidente-executivo, Ekkehard Schulz, de 70 anos, foi amplamente alardeado para ser sucessor de Cromme como presidente do Conselho até sua renúncia abrupta do conselho no mês passado em meio a alegações na mídia de que ele havia fracassado em controlar os custos na América. Alguns acionistas afirmaram que a responsabilidade não deve ser restringida a Schulz, que ainda tem forte apoio na companhia, na qual trabalhou por quase quatro décadas. "Schulz colheu as consequências de renunciar. Cromme deveria seguir seu exemplo", disse a associação de acionistas DKA em uma moção. Cromme também ficou em evidência em 2007 como presidente do Conselho do maior conglomerado de engenharia da Europa, a Siemens, quando se envolveu com um escândalo de corrupção que custou à companhia 2,5 bilhões de euros (3,2 bilhões de dólares) em multas e pagamentos a advogados. "Ele (Cromme) não cumpriu sua tarefa no que toca à diretoria executiva, e por causa disso também foi responsável pelo desastre na América", disse a DKA. O executivo de 69 anos foi o primeiro diretor de uma comissão nomeada pelo governo alemão que esboçou um código de conduta para companhias listadas, ganhando o apelido de "Senhor Governança Corporativa". Nos tempos de Krupp, ele engendrou a fusão dos mais antigos titãs industriais alemães para formar a ThyssenKrupp em 1999.

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