Depois de anunciar nesta sexta-feira pela manhã a saída do presidente Eduardo Gouveia, a empresa de meios de pagamento Cielo já começou a buscar um novo candidato para o cargo, tendo contratado uma empresa de headhunting para a tarefa, informaram fontes ao Estadão/Broadcast.
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Gouveia renunciou ao cargo depois de apenas um ano e meio à frente da companhia, em um movimento que pegou o mercado de surpresa. As ações da empresa chegaram a cair 8% na manhã desta sexta-feira, depois da divulgação da notícia, mas acabaram fechando o dia em alta de mais de 3%, após a companhia explicar o contexto da questão.
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A decisão de Gouveia, que está há um ano e meio no cargo, tem estritamente pessoais, segundo fontes de mercado. O executivo, que ficará na companhia até agosto, quer se dedicar mais à sua família e também ao cuidado de sua saúde. "Não representa uma disrupção ou interrupção na estratégia nem nos planos da Cielo", afirmou ele, que teceu elogios à Gouveia e agradeceu seu trabalho à frente da companhia durante um ano e meio de sua gestão.
Gouveia teria comunicado sua decisão há cerca de um mês. Os acionistas da companhia, Bradesco e Banco do Brasil, teriam pedido para que o executivo permanecesse no comando da Cielo – mas como sua decisão foi pessoal, não conseguiram reter o executivo.
Disputa. Dentre os citados no mercado para alçar o posto máximo da Cielo, conforme fontes, estão o presidente da bandeira Elo, Eduardo Chedid; o presidente da Alelo, Raul Moreira; e ainda do presidente da Livelo, programa de fidelidade de Bradesco e BB, Alexandre Rappaport.
Na gestão de Rômulo de Mello Dias, que atualmente comanda o Uol, controlador da concorrente PagSeguro, Chedid, atualmente na Elo, era tido como o “segundo homem” da companhia e na primeiro na linha de sucessão.