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OMC: Rússia e Brasil lideram aumento de importações

Por JAMIL CHADE

Diante de um câmbio valorizado e de um aumento no consumo doméstico, o Brasil apresenta um dos maiores aumentos de importação entre as principais economias do mundo, com taxas duas vezes maiores que o desempenho de suas exportações. Em 2007, o País teve uma alta de 32% em suas importações, subindo no ranking da Organização Mundial do Comércio (OMC) das economias que mais compram no mundo. Nos dois primeiros meses do ano, a alta foi ainda maior e chegou a 50%, gerando reações de surpresa até mesmo entre os experientes economistas em Genebra. A previsão é de que essa tendência será mantida nos próximos meses, com o potencial de reduzir o superávit na balança comercial. Em 2006, o Brasil ocupava a 29ª posição entre os importadores, com US$ 88 bilhões. Um ano depois, o País passou para a 27ª posição, superando Dinamarca, República Checa e Emirados Árabes Unidos. No total, a economia brasileira importou US$ 127 bilhões, ainda que representa apenas 0,9% das compras mundiais. Em 2006, era apenas 0,7%. Segundo os economistas da OMC, entre os 30 maiores economias do mundo, apenas os russos tiveram uma alta nas importação acima da taxa brasileira no ano passado. Moscou registrou um aumento de 35%. No total, as importações no mundo chegaram a US$ 14,2 trilhões em 2007; 14% disso ocorreu nos Estados Unidos. Os americanos somaram pela primeira vez importações no valor de US$ 2 trilhões, US$ 1 trilhão acima do segundo colocado, a Alemanha. A China superou o Japão e se tornou a terceira maior consumidora do mundo, com US$ 621 bilhões e um crescimento de 21%.

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