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Para o Brasil, fast track dificulta negociações na Alca

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro das Relações Exteriores, Celso Lafer, disse nesta sexta-feira que o texto da lei de Autoridade de Promoção Comercial (TPA, sigla em inglês) - fast track , aprovado pelo Senado dos Estados Unidos, confirma que as negociações para a criação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca) serão difíceis, principalmente no setor agrícola. "Temos pela frente negociações complexas e extremamente difíceis", disse o ministro. O texto do TPA prevê uma supervisão do Legislativo norte-americano para concessões tarifárias para produtos sensíveis, inclusive produtos agrícolas. Lafer citou alguns produtos que estão incluídos nessa lista, como carne, lácteos, frutas e legumes, óleo de soja e outros óleos vegetais, suco de laranja, lã e algodão. "Portanto, os interesses protecionistas se farão presentes nesse processo de supervisão do Legislativo. A negociação nessa área, que é de interesse do Brasil, será difícil", avaliou. O ministro acredita que houve um avanço em relação à primeira versão aprovada pelo Congresso dos EUA, que dava poder ao Legislativo de vetar parte do acordo que viesse a ser negociado na Alca. O ministro também ressaltou que é positivo o fato de o executivo norte-americano ter conseguido o mandato negociador. "Coisa que a administração Clinton não foi capaz de obter", disse. O chanceler lembrou que o TPA também abre caminho para outras negociações, como a rodada de Doha na Organização Mundial do Comércio (OMC).

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