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Petrobras decide manter preço da gasolina

Por Agencia Estado
Atualização:

A Petrobras optou por não alterar o preço da gasolina no sábado, quando termina o prazo de 15 dias do último reajuste. Segundo fontes ligadas ao setor de distribuição de combustíveis, a estatal levou em consideração a escalada do preço do petróleo e derivados nos últimos dias, frustrando a expectativa de queda de preço, que vinha sendo feita pelo mercado. Oficialmente, a empresa informou apenas que não tem obrigação de promover reajustes a cada quinzena, período considerado como mínimo para cada alteração no preço do combustível. O preço do petróleo nos Estados Unidos fechou nesta quinta-feira em US$ 26,16 o barril, alta de 11,5% sobre o fechamento de sexta-feira, quando registrou baixa motivada pela queda do presidente venezuelano Hugo Chávez. O preço da gasolina nos Golfo Americano, usado como padrão pela Petrobras, acompanhou a alta, segundo especialistas, revertendo a tendência de queda das últimas semanas, o que levou especialistas a prever em uma redução no preço interno do produto. Do dia 5 de abril, véspera do último reajuste promovido pela estatal, ao dia 12 - dia de baixa no mercado externo -, a cotação da gasolina convencional caiu 8,98%, em dólares, no mercado spot (à vista) do Golfo Americano, segundo a agência norte-americana de informações de energia (Energy Information Agency). Em reais, porém, o preço do combustível caiu 2,5%, em média, nos quinze dias que antecederam o último reajuste, segundo cálculos da analista de petróleo da Tendências, Fabiana Fantoni. No Brasil, o preço do combustível nas bombas subiu 7,23% desde o último reajuste, atingindo o valor médio de R$ 1,748 por litro, segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP). Em São Paulo, a alta foi de 7,93%. O preço médio no Estado está em R$ 1 728 por litro, maior que o vigente em dezembro (R$ 1,717), antes da abertura do mercado e da redução de 25% do preço cobrado pela Petrobras. A estatal já aumentou três vezes o preço da gasolina este ano. Importações A ANP autorizou nesta quinta-feira mais oito pedidos de importação de derivados de petróleo. Um deles é a primeira autorização para a importação de gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás de botijão. A autorização foi concedida à distribuidora Agip Liquigás, a maior do mercado brasileiro. A empresa não informou quando pretende começar a trazer o produto. A Companhia Petroquímica do Nordeste (Copene) foi autorizada a importar gasolina e diesel. Agora, são 25 empresas autorizadas pela agência a importar derivados de petróleo.

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