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Prefixados: analistas recomendam manutenção

Os fundos prefixados foram prejudicados pela alta dos juros até o final da semana passada. O cenário externo menos instável dos últimos dias provocou uma reversão dessa tendência, ou seja, as taxas voltaram a cair.

Por Agencia Estado
Atualização:

Com taxas de juros crescentes no mercado, os fundos de renda fixa prefixados perderam rentabilidade em relação aos fundos pós-fixados DI. Até o dia 22 de março, segundo dados da Associação Nacional de Bancos de Investimento (Anbid), a rentabilidade média nominal dos fundos DI foi de 0,81%, enquanto os prefixados apresentaram ganho de 0,70% (veja mais informações no link abaixo). Mas para quem já está com o dinheiro alocado em um fundo prefixado, o melhor a fazer agora é manter a aplicação. Isso porque os juros podem voltar a cair e, nesse caso, o rendimento do prefixado pode aumentar, compensando a baixa rentabilidade oferecida nos últimos dias. "O objetivo de um fundo prefixado é alcançar uma rentabilidade superior ao rendimento de um DI no longo prazo. No curto prazo, o ganho dos dois fundos tende a ficar muito próximo, o que não justifica o risco de um fundo prefixado", avalia Renato Ramos, diretor de renda fixa do HSBC Asset Management. Os analistas avaliam, porém, que o investidor que opta por um fundo prefixado deve estar preparado para o maior risco dessa aplicação. Em momentos de turbulência, possibilidade de elevação nos juros aumenta, o que prejudica o ganho dos fundos, cujas taxas já estão fixadas no início do contrato. Além da tolerância a esse risco, investidores que empregam recursos em prefixados devem ter um horizonte de aplicação de, pelo menos, seis meses. Recursos novos seguem a mesma lógica Para investidores que têm recursos novos, a escolha entre um fundo prefixado ou um DI deve levar em conta essa mesma análise, segundo Ramos. Para o executivo, a tolerância ao risco e o horizonte de investimento também são os critérios para a escolha, nesse caso. "Mas, quem tem um perfil conservador e prefere não correr riscos, mesmo que possa ficar com o dinheiro aplicado por um período mais longo, deve aplicar em um fundo DI", afirma Norival Wedekin, administrador de renda fixa do Deutsche Bank. Por que juros altos prejudicam prefixados? A alta dos juros provoca uma queda no preço dos papéis que compõem um fundo prefixado, o que é percebido por uma baixa no valor da quota do fundo. Isso porque esses papéis, à época da compra, foram negociados a uma taxa mais baixa do que os juros praticados pelo mercado ao longo do período do contrato. Foi o que aconteceu com os fundos prefixados nos últimos dias. Contrariamente, se os juros caírem, o valor do papel sobe, já que oferece uma taxa de juros maior do que a que será praticada no momento do resgate. Em função dessa oscilação, os fundos prefixados são recomendados para quem tem tolerância ao risco e pode esperar por uma recuperação da queda na rentabilidade.

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