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Jovem que tem outro emprego na semana trabalha sábado e domingo num mercado só para ver amigos

Relato da americana Kaylee Baker tem milhões de visualizações nas redes sociais; membros da geração Z se identificam com dilema

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Por Redação
Atualização:

Uma jovem de 23 anos viralizou na internet após revelar que não consegue deixar o primeiro emprego, mesmo com outro trabalho em tempo integral, por apego aos colegas. O vídeo publicado por Kaylee Baker tem 3,7 milhões de visualizações no TikTok.

A jovem moradora do Texas ainda bate ponto aos fins de semana no trabalho que tem desde os 16 anos. “Como posso deixar as pessoas com quem eu trabalho há sete anos?”, questiona. Na legenda da publicação em que aparece se arrumando de uniforme, Baker caracteriza os colegas do seu primeiro trabalho como uma “segunda família”.

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Em entrevista à revista Newsweek, ela afirmou que trabalha como gerente de mídias 37,5 horas por semana e como atendente em um supermercado entre quatro e 24 horas semanais. Para ela, é mais vantajoso conviver com os colegas durante o trabalho, com quem gosta de interagir, do que ficar olhando para a tela do celular no tempo livre.

O vídeo tem 451 mil curtidas e mais de 1,5 mil comentários, nos quais muitas pessoas da geração Z se identificam com o relato.

“Eu, aos 29 anos, explicando ao chefe da empresa onde trabalho que não posso ficar até mais tarde em um evento porque tenho que cumprir o expediente na Pizza Hut”, conta um usuário nos comentários.

Nos Estados Unidos, é comum os jovens trabalharem durante as férias escolares, feriados e fins de semana, o que eles chamam de “emprego de verão”. Ao sair da faculdade, alguns enfrentam o mesmo dilema que Baker: abandonar ou não esse compromisso?

“Estou prestes a completar 5 anos em meu emprego de verão e, sinceramente, não consigo imaginar deixar alguns de meus colegas de trabalho”, diz um dos comentários do vídeo.

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Outro relata: “Eu me formo em maio e não sei se vou conseguir sair do trabalho no supermercado. Talvez eu continue nos fins de semana também.”

Apesar de terem iniciado as suas carreiras na era do trabalho remoto, com a pandemia do coronavírus, apenas 11% da geração Z americana gosta do modelo, segundo um estudo da Seramount, empresa de serviços profissionais e de pesquisa, divulgada em fevereiro. Um número significativamente menor do que o dos trabalhadores mais velhos, que é de 34%.

Uma pesquisa recente do Wall Street Journal nos Estados Unidos mostrou que os nascidos entre 1997 e 2010 tornaram-se mais solitários devido à maior dificuldade de fazer amigos no ambiente corporativo com o home office. Alguns passam semanas sem contato direto com outras pessoas, enquanto os trabalhadores com mais de 51 anos têm duas vezes mais chances de conseguir amizades no dia a dia.

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