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Suíça surpreende e anuncia pacote de ajuda a bancos

Considerada a economia mais estável do mundo, nação vai gastar mais de US$ 70 bilhões contra crise

Por Jamil Chade e de O Estado de S. Paulo
Atualização:

Um velho ditado do sistema financeiro alerta que se um dia um banco suíço entrar em crise, o mundo deve se preparar para o pior. E o que os suíços pensavam que era impossível ocorreu. O governo suíço anunciou um pacote multibilionário para salvar o sistema financeiro, principalmente para o banco UBS, que admitiu nesta quinta-feira que seus clientes já retiraram quase US$ 70 bilhões de suas contas. O governo do Catar anunciou uma ajuda ao Credit Suisse. Nas praças financeiras de Genebra e Zurique, o clima era de reconhecimento do fim do "isolamento esplêndido" da Suíça.   Leia a íntegra da reportagem na edição desta sexta-feira, 17, de O Estado de S. Paulo   O pacote supera a marca de US$ 60 bilhões em recursos públicos e mais US$ 10 bilhões por parte de investidores privados. Na prática, os suíços dão um passo além de todas as experiências internacionais, criando, com o fundo, um "banco podre". Os partidos de oposição querem que os executivos dos bancos devolvam agora seus bônus recebidos nos últimos dois anos.   A medida representa um choque na imagem da Suíça como o país mais estável do mundo em termos financeiros, isenta de crises e guerras. Mas os cálculos dos economistas é de que, se o pacote não fosse implementado agora, um prejuízo levaria toda a economia suíça à falência. Os dois bancos resgatados nesta quinta gerenciam recursos sete vezes superiores ao PIB do país alpino. Só em termos de arrecadação, o governo conta com os bancos para 20% de seu próprio orçamento. No caso do UBS, o banco conta com recursos de US$ 1,7 trilhão, quatro vezes a economia da Suíça.

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