BRASÍLIA – No mesmo dia em que recebeu apoio de alguns dos principais setores empresariais do País, o presidente Michel Temer começou a preparar terreno para deixar a votação da reforma da Previdência para 2018. Embora algumas lideranças do governo ainda considerem necessário colocar a proposta em votação de qualquer forma, o adiamento é praticamente dado como certo pelo relator da reforma, deputado Arthur de Oliveira Maia (PPS-BA).
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Após cerimônia no Palácio do Planalto com cerca de 100 empresários, mais esvaziado do que a expectativa do governo, o relator disse que a maior probabilidade é de que a reforma seja votada em fevereiro, após o recesso, porque o governo não tem margem de segurança para submetê-la à votação no ano que vem. Ele minimizou o impacto que essa decisão terá sobre o mercado: “Não diria que seja uma hipótese negativa não votar a reforma neste ano.”
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Para Maia, em fevereiro, o clima estará muito mais favorável para a apreciação da proposta pelos parlamentares. O relator disse que não há decisão fechada no governo, mas, nos bastidores, a decisão é considerada inevitável. Até o último momento, porém, o governo vai insistir na importância de votar a reforma ainda neste ano na Câmara.
Mais cedo, Temer já tinha admitido que, se o governo não tiver os 308 votos necessários para aprovar a reforma da Previdência, a votação ficará para fevereiro. Em almoço oferecido ao presidente da Macedônia Gjorge Ivanov, Temer confirmou que a discussão sobre o texto começará nesta quinta-feira, 14, na Câmara dos Deputados. Segundo ele, o governo vai avaliar até segunda-feira, 18, se tem a quantidade mínima de votos necessários para aprovar a proposta. Caso contrário, as discussões serão encerradas na Câmara e a votação ficará para fevereiro de 2018.
Sem decisão. O presidente disse que, até segunda-feira, não haverá decisão se a PEC será votada no plenário. “A não ser que na quinta-feira tenha uma avalancha de votos”, afirmou. Ele afirmou que o texto não será votado sem a garantia de vitória. “Não se submete os deputados a esse constrangimento. Tendo os votos necessários, acredito ser possível.”
“Entre quinta-feira e segunda ou terça se verifica: se tiver os 308, vai a voto agora. Caso contrário, se espera o retorno em fevereiro e marca-se a data em fevereiro”, reforçou o presidente ao deixar o almoço no Palácio do Itamaraty.
Em São Paulo, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que está preparado para a votação no inicio do ano que vem. Meirelles reconheceu a possibilidade de a reforma não ser votada na semana que vem por pelo menos três vezes durante a sua palestra a banqueiros e executivos de bancos no almoço anual da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) e na entrevista que concedeu após o evento. “O ideal é votar na semana que vem. Mas estamos preparados para a necessidade de votar no início de 2018.”
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