PUBLICIDADE

Publicidade

Virgin Atlantic demite funcionários no Brasil e desiste de vez de operação local

Empresa de baixo custo britânica, de Richard Branson, vinha planejando chegada ao País há mais de um ano, recebendo em fevereiro aval de operação da Anac; pandemia de coronavírus motivou decisão

Foto do author Fernando Scheller
Por Fernando Scheller
Atualização:

A aérea britânica Virgin Atlantic, do bilionário Richard Branson, vai encerrar os contratos de trabalho da equipe brasileira nesta sexta-feira, 29. A decisão foi informada aos colaboradores restantes na semana passada, segundo apurou o Estadão, após boa parte do time ter sido demitida em abril. Procurada, a Virgin Atlantic confirmou que cancelou os planos de operar no Brasil nem nunca ter saído do chão. Depois de um ano de planejamento, a companhia havia recebido o aval da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para sua operação em fevereiro de 2020.

Virgin Atlantic desiste de operar no Brasil Foto: REUTERS/Phil Noble

PUBLICIDADE

As companhias aéreas e as empresas de turismo estão entre os segmentos mais afetados pela pandemia de coronavírus. A Virgin Atlantic, que vinha traçando planos de expansão até recentemente, agora luta pela sobrevivência também no Reino Unido, onde pediu ajuda financeira ao governo e demitiu mais de 3 mil funcionários, ou 30% de sua equipe. 

O movimento é comum entre as companhias aéreas. No Brasil, o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) prepara um pacote de ajuda ao setor. A Latam pediu recuperação judicial nos EUA.

Inicialmente, o primeiro voo da Virgin entre São Paulo e Londres estava programado para acontecer na segunda quinzena de março, justamente o momento em que o setor aéreo nacional começou a sofrer com cancelamentos e pedidos de reembolso em série em virtude do agravamento da crise de covid-19. Em meio ao cenário difícil, a Virgin havia adiado o início dos voos para outubro até resolver cancelar a operação. 

De saída

Segundo funcionários, a crise do novo coronavírus transformou os planos de expansão da marca no País – que incluíam também a abertura de uma empresa para venda de pacotes turísticos – em pó. Depois de algumas semanas de suspensão, a empresa cancelou o início dos voos em meados de abril, mas deixou a equipe local que ainda restava em suspense até a semana passada, quando comunicou que as demissões seriam efetivadas no dia 29.

Procurada, a Virgin enviou a seguinte nota: “Em reposta à rápida aceleração e severo impacto da covid-19, (...) nós tomamos a difícil divisão de reverter nosso serviço entre Londres Heathrow e São Paulo, que estava marcada para o dia 6 de outubro.” Para quem tem voos marcados, a recomendação é buscar opções no site da companhia (para quem comprou diretamente) ou com agências de viagens.

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.