A aérea britânica Virgin Atlantic, do bilionário Richard Branson, vai encerrar os contratos de trabalho da equipe brasileira nesta sexta-feira, 29. A decisão foi informada aos colaboradores restantes na semana passada, segundo apurou o Estadão, após boa parte do time ter sido demitida em abril. Procurada, a Virgin Atlantic confirmou que cancelou os planos de operar no Brasil nem nunca ter saído do chão. Depois de um ano de planejamento, a companhia havia recebido o aval da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para sua operação em fevereiro de 2020.
As companhias aéreas e as empresas de turismo estão entre os segmentos mais afetados pela pandemia de coronavírus. A Virgin Atlantic, que vinha traçando planos de expansão até recentemente, agora luta pela sobrevivência também no Reino Unido, onde pediu ajuda financeira ao governo e demitiu mais de 3 mil funcionários, ou 30% de sua equipe.
O movimento é comum entre as companhias aéreas. No Brasil, o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) prepara um pacote de ajuda ao setor. A Latam pediu recuperação judicial nos EUA.
Inicialmente, o primeiro voo da Virgin entre São Paulo e Londres estava programado para acontecer na segunda quinzena de março, justamente o momento em que o setor aéreo nacional começou a sofrer com cancelamentos e pedidos de reembolso em série em virtude do agravamento da crise de covid-19. Em meio ao cenário difícil, a Virgin havia adiado o início dos voos para outubro até resolver cancelar a operação.
De saída
Segundo funcionários, a crise do novo coronavírus transformou os planos de expansão da marca no País – que incluíam também a abertura de uma empresa para venda de pacotes turísticos – em pó. Depois de algumas semanas de suspensão, a empresa cancelou o início dos voos em meados de abril, mas deixou a equipe local que ainda restava em suspense até a semana passada, quando comunicou que as demissões seriam efetivadas no dia 29.
Procurada, a Virgin enviou a seguinte nota: “Em reposta à rápida aceleração e severo impacto da covid-19, (...) nós tomamos a difícil divisão de reverter nosso serviço entre Londres Heathrow e São Paulo, que estava marcada para o dia 6 de outubro.” Para quem tem voos marcados, a recomendação é buscar opções no site da companhia (para quem comprou diretamente) ou com agências de viagens.