RIO – Alunos e funcionários do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) Celso Suckow da Fonseca, situado no Maracanã, na zona norte do Rio, fizeram um protesto nesta segunda-feira, 19, contra o novo diretor interino, Maurício Aires Vieira, em seu primeiro dia de trabalho na instituição. Vieira, cuja nomeação foi considerada uma intervenção do governo federal na instituição, foi impedido de chegar à sala da direção, pela manhã. Ele permaneceu por cerca de duas horas na sala da Procuradoria e depois foi embora.
No início do ano, o então vice-diretor Maurício Saldanha Motta venceu a eleição interna para escolha do novo diretor, por cerca de 40 votos de vantagem. Mas o segundo colocado ingressou com recurso questionando a lisura do processo eleitoral, e o Ministério da Educação (MEC) ainda não decidiu se a eleição é válida ou não.
O mandato do diretor antigo terminou em 1º de julho e, pouco antes disso, o então diretor e o eleito se reuniram com o secretário de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação, Ariosto Antunes Culau. Segundo os funcionários do Cefet, Culau garantiu que Motta exerceria a direção, como vice-diretor no exercício da direção.
No entanto, ainda segundo os funcionários do Cefet, tramitou pelo MEC, em sigilo, um recurso contra as eleições internas, a que o candidato eleito não conseguiu ter acesso.
Na última quinta-feira, a portaria 1.459 do MEC nomeou Maurício Aires Vieira, que era assessor do ministro Abraham Weintraub, para exercer o cargo de diretor-geral pro tempore do Cefet, a partir desta segunda. Foi então que alunos e funcionários organizaram esse ato de protesto.
“Com essa notícia recebida de forma intempestiva, os diretores (do Cefet-RJ) alertam a comunidade acadêmica e administrativa do Cefet/RJ para a ruptura do processo democrático e da autonomia institucional, que demonstra total falta de respeito à instituição Cefet/RJ”, afirma nota divulgada pela instituição.
O MEC afirmou que a eleição ainda está sob análise.