Garschagen, segundo o Estado apurou, foi um dos assessores que participaram da decisão de mandar às escolas a carta do ministro com slogan da campanha de Jair Bolsonaro e com pedido para que as crianças fossem filmadas cantando o Hino Nacional. Ele nega a participação. "Não é papel do assessor de comunicação tomar esse tipo de decisão", disse.
Seu livro pretende discutir a razão de os brasileiros odiarem os políticos, mas acharem "que cabe ao governo resolver os problemas sociais, políticos econômicos". Ainda não foi nomeado ninguém para substituí-lo.
Para a chefia de gabinete do MEC, outro cargo muito próximo do ministro, foi nomeado mais um militar. Marcos de Araújo foi subcomandante geral da Polícia Militar do Distrito Federal e professor da Academia dos Bombeiros de Brasília. Na semana passada, a Casa Civil nomeou o brigadeiro Ricardo Machado Vieira para ser o novo secretário-executivo. Quem estava no cargo de chefe de gabinete era Josie de Jesus, ex-funcionária do Centro Paula Souza, em São Paulo. Ela também foi exonerada hoje.
Ontem, em entrevista ao Valor Econômico, Vélez afirmou que não houve golpe militar em 1964 e que os livros didáticos teriam que incorporar essa visão. O posicionamento público, mais uma vez polêmico, causou estranheza já que a ideia do governo era que ele tentasse se manter longe dos holofotes. No entanto, há quem avalie que Vélez disse que não houve ditadura militar para ficar mais tempo no cargo, já que o discurso é o mesmo do presidente.
Depois da repercussão negativa de historiadores e especialistas da área, ele foi ao Twitter dizer que a ideia era "trazer uma visão mais ampla da história" depois de "passar por uma bancada de cientistas".