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‘De 3 em 3 anos, precisa fazer um curso de relevância’. Consultor dá dicas para a carreira

Principalmente quando se buscam posições de liderança, as empresas prestam muito atenção na forma como o profissional tem se atualizado

Por Paulo Reda
Foto: Arquivo pessoal
Entrevista comGabriel CamposDiretor da Provendas Consultoria e atua como consultor empresarial, headhunter e orientador de carreira. É também professor de Gestão Estratégica de Marketing e Gestão de Produtos e Serviços no MBA da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Camp)

Gabriel Campos é diretor da Provendas Consultoria e atua como consultor empresarial, headhunter e orientador de carreira. É também professor de Gestão Estratégica de Marketing e Gestão de Produtos e Serviços no MBA da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Camp).

Para ele, as empresas estão cada vez mais exigentes com a constante atualização e requalificação dos profissionais a serem contratados. “Constância na educação é fundamental, para mostrar ao mercado que não parou no tempo”.

Como as empresas avaliam hoje a necessidade de educação continuada?

Principalmente quando se buscam posições de liderança, as empresas prestam muito atenção na forma como o profissional tem se atualizado. Até não muito tempo atrás, era aquele roteiro convencional de graduação, pós-graduação, talvez um MBA. Hoje isso não serve mais. Se o profissional não adotar o conceito de educação continuada começa a estagnar em sua formação. Quando as empresas analisam os currículos, avaliam de quanto em quanto tempo essa pessoa faz um curso importante. Só o fato de estar trabalhando não basta. Pelo menos de três em três anos precisa fazer um curso de relevância. Constância na educação é fundamental, para mostrar para o mercado que não parou no tempo. Hoje uma empresa não investir nisso na hora de contratar é quase inconcebível.

As instituições estão oferecendo boas alternativas de cursos, adequados às exigências atuais do mercado de trabalho?

Opções existem muitas. Com a possibilidade de EAD (educação a distância), algo que ficou mais disseminado ainda. O problema não é questão de oferta, mas sim que ainda existe uma certa resistência dos profissionais em apostar na formação continuada. A pessoa só faz o curso se a empresa pagar ou for exigido. Existem profissionais que bloqueiam a possibilidade de novos conhecimentos, dizem que não tem mais cabeça para aprender nada. É uma questão de mudança de postura, que é essencial nos dias de hoje.

Quais são as tendências para a evolução da relação entre o mercado de trabalho e os profissionais?

Atualmente, detectamos que muitos profissionais da nova geração querem atuar como empreendedores. Querem ter seu próprio negócio, muitas vezes utilizando como base a internet e as redes sociais. Nesse contexto, a educação continuada e com o formato de cursos mais curtos e pontuais é essencial. Esses profissionais mais jovens também possuem a tendência de buscar conhecimento por conta própria, não necessariamente por intermédio das instituições de ensino. Mas muitas vezes descobrem que não é tão simples assim.

Quais as áreas de formação mais valorizadas pelo mercado de trabalho hoje?

Varia muito pela área de atuação da pessoa. No geral, pós-graduação para áreas de liderança, se não tiver no currículo, pesa. Inteligência artificial é a bola da vez, mas ainda é uma área que está amadurecendo para o mercado, com várias questões ainda nebulosas. Liderança e comunicação são sempre temas em alta. Nunca houve tantas formas de se comunicar, mas a comunicação nunca foi tão ruidosa. Tudo que envolve e-commerce também é muito demandado.

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Quais as dicas fundamentais para um profissional na hora de buscar qualificação a partir das perspectivas do mercado de trabalho?

Faça uma revisão e um planejamento da sua carreira pelo menos a cada dois anos. Não fique parado. Se mexa dentro da sua área. Não fazer isso, pode passar a impressão de que parou no tempo ou se acomodou. Precisa estar pronto para as mudanças do mercado, em um mundo em que as coisas ficam obsoletas muito rápido.

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