Claro que isso não justifica, mas dá pistas. O principal motivo desse aumento foi o desemprego de 1 milhão de pessoas, apenas no mês de maio, e o fechamento de quase 5 milhões de empregos em razão da pandemia. Outro fator tão corrosivo quanto a falta de dinheiro foi a crença em notícias sensacionalistas e equivocadas que apontavam os pets como transmissores do vírus.
O que fazer? É obrigação dos governos locais adotarem políticas públicas para combaterem a desinformação e ampararem esses animais através do controle da natalidade e de zoonoses. E, aqui, chegamos ao Prêmio Cidade Amiga dos Animais, orquestrado pela ONG Proteção Mundial Animal. Na sua segunda edição, tem como objetivo principal criar um e-book, que poderá ser baixado pelo site, com projetos eficazes de manejo populacional e educação da população baseados na eficiência local e facilidade de replicar o modelo em outras cidades.
Em 2019, Bogotá foi a vencedora com seu esquadrão anticrueldade. Destacada por investigar os casos de maus tratos, recuperar cães agressivos, divulgar o bem-estar animal por meio de um app e microchipar todos os animais pelo Programa Cidadão de 4 Patas, a capital da Colômbia serviu de inspiração.
O segundo lugar foi dado para Conselheiro Lafaiete, em Minas Gerais, devido o trabalho de castração, guarda responsável, controle de zoonoses, combate a maus tratos e o fim de eutanásias de forma inadequada. O programa de controle populacional é tão eficaz que serve como referência para os demais municípios mineiros - e deu à ela o título de Cidade Modelo.
São Paulo ficou em terceiro, e seu maior mérito foram as cem mil castrações gratuitas que ocorrem por ano. A capital paulista também proibiu o uso de animais em circos e tem um olhar atento à proteção e ao bem-estar de animais domésticos. Oferece três hospitais públicos e criou a Coordenadoria de Saúde e Proteção ao Animal Doméstico, a Cosap.
No fim das contas, a importância do prêmio é levar motivação para quem está na linha de frente de combate aos milhões de animais sem lar.
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