Foi uma exibição e tanto do Vasco? Não, e torcedor, treinador e jogadores sabem disso. O time vibrou pouco, esteve aquém da vitória do meio de semana sobre o mesmo Palmeiras (2 a 0, pela Sul-Americana), também em São Januário. Demonstrou até certo cansaço e não sairia de campo frustrado com eventual empate. Chata mesmo foi a surra de domingo passado para o Botafogo (4 a 0).
Mesmo assim, teve o mérito de não se incomodar com a pressão palmeirense nem perder a cabeça. Foi na sua toada mais lenta, na cadência de Juninho Pernambucano e Felipe. De certa forma, manteve o controle do jogo - um clássico mais duro do que o anterior e que terminou com 10 cartões amarelos (cinco para cada lado).
O Palmeiras foi mais rápido e agressivo do que na quinta-feira. Teve atenção maior na defesa e avançou. Tanto que no primeiro tempo criou pelo menos três chances claras de gol, desperdiçadas por Valdivia, Kleber e Dinei. No segundo tempo, cansou, Felipão fez algumas mudanças (Patrick no lugar de Dinei, Maikon Leite em substituição a Luan) que não deram resultado.
Feliz mesmo foi a opção de Ricardo Gomes colocar Bernardo na vaga de Éder Luís, que andou desaparecido. O rapaz cobrou falta à la Juninho Pernambucano, aos 35 minutos da etapa final, e fez o gol da vitória. Ao Palmeiras restou o consolo de ter jogado melhor. Consolo pequeno, é verdade, porque marca passo, tem 27 pontos e vê a ponta a distância. Não consegue deslanchar; ao contrário, patina acima da média.