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Experiência é a marca em comum dos líderes em campo

Kaká, Gilberto Silva e Lúcio são responsáveis pelo equilíbrio do time e por 'chacoalhar'os companheiros

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ENVIADO ESPECIALJOHANNESBURGOTodo técnico tem os seus jogadores de confiança dentro de um elenco. Aqueles que podem adotar a postura de "treinador" dentro de campo durante a disputa. Com Dunga não é diferente. Há três anos e oito meses à frente do selecionado verde e amarelo, o capitão do Brasil na vitoriosa campanha da Copa dos EUA, em 1994, elegeu o zagueiro Lúcio, o volante Gilberto Silva e o meia Kaká como os cérebros da equipe, aqueles que serão os responsáveis por manter o equilíbrio e também poderão "chacoalhar" o time nos momentos mais difíceis do Mundial da África do Sul. "Aqui temos 23 titulares. Confio em todos eles", não se cansa de dizer Dunga. Mas é lógico que a experiência, o carisma dentro do grupo e a liderança tornam alguns jogadores especiais. É o caso de Lúcio, que disputa sua terceira Copa como titular. Campeão em 2002 e integrante do grupo que naufragou há quatro anos na Alemanha, o jogador da Internazionale, que soma 90 jogos pela seleção brasileira (12 em Copas), já desfrutou da glória e também conviveu com os momentos de crítica. Não à toa é o capitão do time e poderá repetir o gesto de Bellini (1958), Mauro (1962), Carlos Alberto Torres (1970), Dunga (1994) e Cafu (2002) no dia 11 de julho. Gilberto Silva também ostenta o pentacampeonato de oito anos atrás. Aos 33 anos, sofre muitas críticas por não estar no auge da carreira. Desde de 2008 está no Panathinaikos, da Grécia, após seis anos no Arsenal, da Inglaterra. Mesmo assim tem toda a confiança de Dunga para desempenhar um papel que foi do atual treinador. Se não tem mais o fôlego de antes, possui experiência para guiar as ações de Felipe Melo, com quem faz a dupla de volantes. Gilberto Silva já atuou 86 vezes pelo Brasil, com dez partidas em copas do mundo. A organização pelas jogadas de ataque será de Kaká, como não poderia deixar de ser. Afinal, com a ausência de Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo, Adriano, o poder de criação da seleção fica quase todo com ele. Aos 28 anos, o meia do Real Madrid vai ser pela primeira vez o protagonista da seleção em Copas. Nas duas participações anteriores, ele foi coadjuvante. "O Kaká estará no melhor da forma no momento certo", garante Dunga, sabedor que o seu melhor jogador não vive um grande momento técnico e físico por causa dos problemas crônicos de pubalgia. Nas cinco conquistas anteriores do Brasil, grandes nomes se consagraram por "dirigir" a equipe dentro de campo. Em 1958, o maestro era Didi, do Botafogo, talvez o maior jogador do futebol brasileiro antes de Pelé. Foi o caso também do volante Zito, em 1962, que dava bronca até em Pelé quando necessário. Em 1970, Carlos Alberto Torres soube como poucos assumir o papel de capitão de uma equipe repleta de craques. Em 1994, o trabalho de ajudar o técnico Carlos Alberto Parreira foi do próprio Dunga, enquanto que em 2002 Rivaldo, Ronaldo, Cafu e Roberto Carlos dividiram a função.

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