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Guarani elege novo presidente, que espera vender estádio

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Por AE

Oito dias após a destituição do presidente Leonel Martins de Oliveira e de toda a sua diretoria executiva no Guarani, o conselho deliberativo contrariou o desejo do grupo oposicionista e reelegeu, na última terça-feira à noite, novo presidente e diretores do clube. Os 86 conselheiros presentes à reunião aclamaram o empresário Marcelo Mingone, ex-diretor do departamento amador, como novo presidente. E o objetivo principal deste grupo é o mesmo da diretoria anterior: vender o Estádio Brinco de Ouro da Princesa para saldar suas dívidas, que chegariam a R$ 130 milhões.A manobra do clube de situação ficou evidente com o fato de que Leonel Martins foi um dos primeiros a chegar ao salão social do clube. A articulação de Mingone, feita logo após a destituição de Leonel, era o plano B para a manutenção no poder do grupo de situação.Ao final da reunião, o advogado Fábio Cerone comunicou aos conselheiros de que existe uma proposta viável para a venda do Brinco de Ouro e que a oferta oficial pode chegar ao clube dentro de cerca de 15 dias. Antes disso, o novo presidente vai tentar minimizar a crise interna com a falta de pagamento de salários para jogadores e funcionários há mais de quatro meses."A saída para o clube será a venda do estádio. Não há outra solução", confirmou Marcelo Mingone, em sua primeira entrevista após a sua eleição. O seu mandato vai até março de 2014. Ele prometeu ainda abrir as portas de sua sala para ouvir sugestões de torcedores do clube "desde que sejam bem intencionadas". Mingone é de família tradicional na cidade de Campinas.A oposição, liderada pela ONG "Garra Guarani", promete reagir com uma nova Assembleia Geral de Sócios. "Nós estamos vivendo mais um dia trágico para o Guarani", disse, revoltado, Paulo Vicente Souza, que tinha como proposta a renúncia de todo o conselho deliberativo para uma nova eleição feita através dos sócios.

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