Dorival Jr. atendeu aos pedidos da torcida e colocou Endrick de titular. Mas não foi suficiente. O Brasil foi eliminado nos pênaltis nas quartas de final da Copa América contra o Uruguai em um jogo onde durante os 90 minutos não mereceu vencer.
Após quatro jogos, a dura realidade que a seleção tem que aceitar, e o torcedor também, é que hoje o Brasil não está entre os três melhores times do continente.

A eliminação precoce na Copa América não foi por acaso. Hoje, Argentina, Colômbia (que horas antes enfiou 5 a 0 no Panamá) e o próprio Uruguai jogam mais bola que o Brasil.
E não é para menos. A Argentina está com Scaloni no comando há 3 anos. Nestor Lorenzo está desde 2022 na Colômbia e neste momento não sabe o que é perder há 28 jogos. E o Uruguai de “El Loco” Bielsa é o mesmo há 18 meses.
Neste período, a CBF está em seu terceiro técnico diferente com Dorival - quarto se ‘considerarmos’ Carlo Ancelotti, que nunca veio, como chegou até a ser noticiado pela imprensa daqui.
O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, saiu, voltou, correu risco de sair de novo, e está lá.
Não é uma questão apenas de falta de talento. Existem muitos ainda na seleção. Dorival tem seus erros, faltou um pouco de ousadia nas partidas, até contra o Uruguai, onde não colocou o time mais pra frente mesmo com um homem a mais em campo. O meio do Brasil com Paquetá, Bruno Guimarães e João Gomes pouco criou durante a competição inteira. Vinícius Jr. não conseguiu ser genial como no Real Madrid - talvez culpa das dimensões menores do campo?
Mas ainda assim Dorival não tem nem 10 jogos no comando da seleção. É um trabalho em desenvolvimento e ele pegou o trem andando, mas atrás do pelotão.
Agora, o Brasil precisa se concentrar em ir para a Copa do Mundo. Sim, isso mesmo. A seleção é apenas a sexta colocada nas Eliminatórias e neste momento está no limite da zona de classificação.
Apertem os cintos, será uma viagem turbulenta...