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Indefinição de Alonso deixa Nelsinho tenso

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Por liviooricchio

28/IX/07 GP do Japão Livio Oricchio, de Fuji

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A indefinição do destino de Fernando Alonso na Fórmula 1 está afetando todas as negociações entre pilotos e equipes. Nelsinho Piquet é uma das vítimas dessa disputa entre o espanhol e Ron Dennis, diretor da McLaren. "O pior é que parece que a coisa lá só vai se resolver depois do GP do Brasil", disse, ontem, no circuito de Fuji, o piloto de testes da Renault.

Alonso e Dennis talvez cheguem a um acordo, mas não deverá ser antes da prova de Interlagos, dia 21, a última da temporada. O mais provável é que o caso seja decidido pelo Contract Recognition Board (CRB), órgão criada pela FIA, formado por advogados sediados em Genebra, Suíça, contratado para dirimir dúvidas nas relações profissionais entre pilotos e equipes.

O próximo piloto brasileiro a estrear na Fórmula 1 não esconde sua tensão. "Até umas duas corridas atrás não estava preocupado com essa história porque me pediam (Flavio Briatore, diretor da Renault) para ficar tranquilo que eu seria titular em 2008, embora não me dissessem onde." Nelsinho ouviu mais de Briatore: "Agora surge essa questão de ter de esperar o que fará Alonso para eu assinar o contrato. Está todo mundo parado, aguardando a decisão do caso." O bicampeão do mundo faz de tudo para deixar a McLaren.

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O jovem piloto de 22 anos demonstra irritação por ter de esperar. "Confesso que estou ficando ansioso. Não queria chegar no Brasil, última corrida do calendário, sem saber para onde irei. Parecia tudo certo. Se não desse aqui na Renault iria para a Williams, mas agora..." Seu pai, Nelson Piquet, três vezes campeão do mundo, acompanha tudo de perto. "Ele me liga quase todo dia, com aquela perguntinha... 'e aí, novidades?'"

Lewis Hamilton, líder do Mundial, da mesma idade de Nelsinho, virou referência na Fórmula 1. Na sua temporada de estréia, este ano, pode ser campeão do mundo. Há uma expectativa na Fórmula 1 quanto ao que fará Nelsinho, já que ano passado, quando ele e Hamilton disputavam a GP2, a batalha entre ambos foi dura. Uma hora vencia o inglês outra o filho de Nelson Piquet. Hamilton acabou campeão com Nelsinho em segundo, bem próximo.

As comparações com Hamilton são inevitáveis: você é capaz de repetir na Fórmula 1 o sucesso do ex-adversário na GP2? "Depende de uma série de circunstâncias. Primeiro é se você dispõe de um grande carro, se sente confortável ao pilotar, mantém uma boa relação com o engenheiro, conta com apoio do grupo, a equipe tem um bom simulador para antecipar as dificuldades que enfrentará." Dá a entender que Hamilton contou com tudo isso, o que somado ao seu talento explicaria o sucesso alcançado.

Sobre o final do campeonato faz uma previsão surpreendente: "Penso que a Ferrari será a equipe mais forte nas etapas que restam e, nesse caso, Kimi Raikkonen tem possibilidades de vencê-las e se apresentar, em Interlagos, com chances de disputar o título." Já se a competição se resumir a Alonso e Hamilton, Nelsinho comentou: "Há um empate técnico entre eles, pode dar qualquer um." Como piloto de testes da Renault, Nelsinho completou este ano pouco menos de 10 mil quilômetros de testes. Sem as limitações atuais nos treinos particulares, Heikki Kovalainen, piloto de testes ano passado e titular agora, conseguiu percorrer 25 mil km antes da estréia.

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