O primeiro gol do Paris Saint-Germain em sua estreia na Liga dos Campeões 2017 tinha de ser de Neymar. Não podia ser de outro. Foi mais do que um gol. Foi uma resposta em campo a um projeto que nasceu fora dele, que passou por anos de amadurecimento, de formação de elenco, de busca por craques, do craque, de investimentos altos por uma ideia (intenção) fixa: ganhar a competição mais importante de clubes da Europa.
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O PSG pensa grande porque quer ser grande e porque também tem dinheiro, muito dinheiro, afinal, quantos não queriam contratar Neymar, mas só a equipe francesa conseguiu isso, furando bloqueios e desafiando o ódio e o interesse dos catalães. Foram meses de namora, tentativas fracassadas, projetos recuados e retomados, sonhos e pesadelos até convencer o atacante brasileiro de que Paris seria melhor para ele e sua carreira. Tchau, Barcelona. Independência. Voo solo. Camisa 10. Ser cara. Tudo isso correu junto à bola no chute de Neymar contra o Celtic. Azar do Celtic. Neymar foi contratado para isso, fazer gols, comandar o time, ganhar jogos, encher de orgulho o torcedor e levantar taças.
Por isso que o gol de terça-feira em Glasgow foi muito mais do que um simples gol. Foi uma resposta ao mundo da bola. Tinha de sair dos pés de Neymar o chute (e gol) que abriria o caminho do grande projeto, desenhado e redesenhado pelos franceses e seus pares. O parisiense do PSG está em estado de graça. Talvez pela primeira vez ele tem certeza de que a Liga dos Campeões pode ser conquistada. O próprio Neymar está mais tranquilo agora, embora acredite que ele jamais titubeou sobre sua condição. Não ele. Neymar eliminou o PSG naquele jogo da volta com o Barcelona na edição passada. Os franceses já o admiravam em ódio. Agora ele é nosso. A Frase poderia estar hoje na Torre Eiffel!!!! Todo mundo saberia de quem se trata. Os outros gols do PSG foram bonitos e importantes. O de Neymar foi mais. Foi um declaração.