Felipão encontrou uma harmonia para o Palmeiras. Defesa, meio de campo e ataque estão equilibrados. Não cobrem desse time grande qualidade técnica, embora ele sobreviva de lampejos de um e de outro durante os 90 minutos. Ocorre que não é disso que estou falando. Refiro-me à pegada, disposição, colocação em campo e tudo mais que faz uma equipe competitiva. Taticamente, o Palmeiras sobra diante de seus adversários.
Veja o caso de Cicinho no jogo contra o Santos domingo. O lateral, recém-chegado ao Palmeiras praticamente, tinha a dura missão de marcar Neymar - o melhor jogador do Brasil. Cicinho colou no atacante santista com todas as armas que dispunha. Abusou das faltas e dos braços esticados, é verdade, mas conseguiu fazer o seu trabalho. Não tenho dúvidas de que Felipão elogiou seu atleta no vestiário. E digo o mesmo de outros do time que enfrentaram o Peixe.
O Palmeiras foi um time em todos os setores. E quando Felipão viu que Adriano não daria conta de acompanhar seu marcador, tirou o menino e mandou a campo Luan. Resolveu o problema ali.
Na frente, apostou no voluntarioso Kleber, que decidiu o jogo com seu gol. O atacante palmeirense foi tão marcado quanto Neymar. Sofreu as mesmas faltas sem jamais ter perdido seu foco. Não desistiu um só instante. Teve uma única chance e mandou ver. O Palmeiras ainda não contou com Valdivia e teve um Lincoln em tarde sonolenta. Com as peças que podem chegar e o retorno do chileno, o Palmeiras vai ganhando cara e engrossando o caldo para o Brasileiro e também para a reta final do Paulista.
Vai ficando com a cara de seu treinador.
