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Fórmula 1: Ferrari vai mudar modelo de seus carros, mas não se considera ‘revolucionária’

Frédéric Vasseur, chefe da escuderia italiana, explica que o regulamento impede mudança brusca na essência do carro, por mais que quase todos os componentes sejam alterados e serão para 2024

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Por GRANDE PRÊMIO
Atualização:

A Ferrari foi a primeira escuderia a anunciar a data de lançamento do carro para a temporada 2024 da Fórmula 1, e embora já tenha confirmado que será um modelo bastante diferente da SF-23, rejeitou o rótulo de “revolução”. O chefe da equipe, Frédéric Vasseur, explicou que é impossível pensar dessa forma sem uma alteração brusca nas regras.

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Em 2022, a F-1 promoveu mudanças significativas na concepção aerodinâmica dos carros, com a volta do efeito-solo e também pneus de 18 polegadas, muito maiores que os compostos usados no ano anterior. O primeiro ano sob as novas regras foi de adaptação para todos, principalmente por causa do porpoising, os quiques em alta velocidade, que pegou as equipes de surpresa.

A Red Bull, porém, foi a que conseguiu acertar a mão no projeto logo após os testes coletivos, mas a Ferrari também mostrou sucesso no desenvolvimento da F1-75, principalmente na primeira metade de 2022. Só que a diretiva lançada pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) no meio do campeonato para conter o porpoising sacrificou parte da força aerodinâmica do carro vermelho.

Ferrari rejeita rótulo de “revolucionário”, mas afirma que vai mudar “95% do carro” de 2024. Foto: Ali Haider/EFE

Dali em diante, a Ferrari nunca mais foi a mesma, com evoluções pontuais de pista para pista. Por essa razão, o diretor-técnico, Enrico Cardile, confirmou que o carro de 2024 terá um design totalmente diferente, pois só assim será possível atingir as metas traçadas na temporada passada. Durante o tradicional almoço oferecido pela Ferrari à imprensa, Vasseur confirmou que se trata de uma mudança de “95% do carro”, mas “revolucionário não é a palavra certa”.

“Há três anos estamos sob os mesmos regulamentos técnicos, e, nesta situação, não há como um projeto ser alterado maciçamente. Estamos num cenário em que alguns décimos de segundo fazem a diferença. Dito isto, devemos certamente avançar e não subestimar nada. Vamos mudar 95% dos componentes do carro e, falando dessa maneira, pode parecer uma revolução, mas não será”, explicou. “No final, será uma questão de décimos, e temos consciência de que se melhorarmos por uma margem maior comparada aos nossos rivais, nos sairemos bem, mas se alguém for melhor, isso será reduzido. O que posso dizer agora é que estamos todos pressionando, e os pilotos também estão no centro do projeto”, disse.

Em 2022, a Ferrari foi vice-campeã no Mundial de Construtores. Já este ano, a equipe de Maranello terminou na terceira colocação, porém a posição abaixo da Mercedes tem seu lado positivo, pois dará a ela mais tempo de túnel de vento em relação à adversária alemã. O novo carro da Ferrari será conhecido em 13 de fevereiro. A Fórmula 1 retorna às pistas de 21 a 23 de fevereiro de 2024 para os testes coletivos da pré-temporada, no Bahrein.

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