PUBLICIDADE

Vuvuzela, arma africana,dor de cabeça dos rivais

Parreira quer barulho nas arquibancadas e adversários já imaginam dificuldades até para orientar o time

PUBLICIDADE

Foto do author Almir Leite

Que o barulho ensurdecedor das vuvuzelas atrapalha muita gente em um estádio de futebol todo mundo sabe. Na Copa do Mundo, o som da corneta estará presente em todas as partidas. Nas da África do Sul, porém, vai ser ainda mais alto, o que preocupa os comandantes dos adversários dos Bafanas na primeira fase. O mexicano Javier Aguirre, o uruguaio Oscar Tabárez e o francês Raymond Domenech admitem estar pensando em como amenizar os efeitos da barulheira sobre os atletas.Enquanto o técnico dos anfitriões, Carlos Alberto Parreira, diz querer mais é que as vuvuzelas soem alto - "é o nosso 12.º jogador"", definiu -, seus colegas de banco sabem que no mínimo terão dificuldade para dar instruções. "É algo complicado, ainda mais que faremos o jogo de estreia com eles. Mas vamos conversar para que os jogadores mantenham a concentração todo o tempo"", disse Aguirre.África do Sul e México abrem a Copa, dia 11 de junho, no Soccer City, em Johannesburgo, e Parreira avisou que, nesse dia, quer 90 mil vuvuzelas soprando.O uruguaio Oscar Tabárez também se mostra apreensivo. Para ele, o confronto contra o time da casa, dia 16, em Pretória, vai ser o mais importante para a Celeste. "Principalmente se para eles for a última oportunidade de permanecerem na Copa"", explica. Seu raciocínio é simples: caso os sul-africanos percam do México, terão de vencer o Uruguai para continuar sonhando com as oitavas de final. "A melhor maneira de encarar esse desafio é preparar bem o time para suportar a pressão"", afirma.Mais tranquilo está Raymond Domenech. Pelo menos é o que deixa transparecer o técnico da França, que encontra os anfitriões dia 22 em Bloemfontein. "Comprei até a minha vuvuzela para entrar no clima"", brincou recentemente. Mas ele reconhece que a situação é no mínimo diferente. "O fervor, a festa e a atmosfera dos estádios terão um impacto muito grande em todos, e trabalharemos para que seja o menor possível.""

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.