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'Black Friday' não tem nada a ver com escravos: entenda as possíveis origens do termo

Lenda urbana afirma que nome de dia em que lojas oferecem promoções surgiu de descontos sobre compras de escravos no século XIX

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Atualização:

Não há evidências de que "Black Friday" faça referência à venda de escravos, diferentemente do que afirmam diversas publicações nas redes sociais. Nos Estados Unidos, a expressão serve para denominar a sexta-feira após o feriado de Ação de Graças, quando diversas marcas oferecem grandes descontos para os consumidores, iniciando a temporada de compras para o Natal. Embora não haja uma explicação única para a origem do termo, não há ligação comprovada com a escravidão.

Consumidores disputam TVs em promoção durante a Black Friday. Foto: Sebastião Moreira/EFE

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Qual a origem do termo Black Friday?

A American Dialect Society, entidade dedicada ao estudo da língua inglesa nos EUA, registra que o uso mais antigo da expressão "Black Friday" é de 1951, quase um século após a abolição da escravatura naquele país. Em checagem de 2013, o site Snopes mostrou que, naquela época, a "sexta-feira negra" foi usada para descrever a onda de faltas de trabalhadores que inventavam doenças para emendar o feriado com o sábado e o domingo.

Outra explicação possível para a expressão é o uso por policiais da Filadélfia, nos anos 1960, para descrever o caos que ocorria nas ruas da cidade após o dia de Ação de Graças -- como muitas pessoas saem de casa para fazer compras, os agentes tinham que lidar com o trânsito que isso causava. Essa origem foi descrita pelo repórter do Philadelphia Bulletin Joseph P. Barrett em um artigo de 1994.

De qualquer forma, o uso de palavras como negro e preto para descrever situações negativas é considerado racista -- exemplo das expressões em português "a coisa está preta" e "denegrir".

De onde surgiu o boato sobre Black Friday?

A relação entre Black Friday e escravidão virou uma lenda urbana e já foi desmentida sucessivas vezes por veículos como BBC (2014), Washington Examiner (2018), History Channel (2018), AFP (2019) e The Telegraph (2019).

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No Brasil, o serviço Fato ou Fake também checou a história.

Este conteúdo foi selecionado para verificação por meio da parceria entre Estadão Verifica e Facebook.

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