Beslam, metrô de Moscou e casa de shows: relembre os piores casos de terrorismo da Rússia de Putin

País tem histórico de ataques terroristas e atentados na história recente

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Por Redação
Atualização:

O atentado no Crocus City Hall, uma casa de shows nos arredores de Moscou, é o primeiro grande ataque na Rússia desde 2017, quando 14 pessoas foram mortas em uma explosão no metrô de São Petesburgo.

Nesta sexta-feira, cerca de cinco homens armados de fuzis e com roupas camufladas invadiram a casa de shows Crocus City Hall e atiraram contra a multidão. As informações preliminares indicam que mais de 40 pessoas morreram e 112 ficaram feridas.

Autoridades russas nos arredores da casa de shows Crocus City Hall, após atentado, em Moscou. REUTERS/Maxim Shemetov 

Atentados e ataques terroristas fazem parte da história recente da Rússia. Desde que Vladimir Putin tomou posse pela primeira vez como presidente, em 2000, até hoje, a Rússia viveu mais de uma dezena de seus piores ataques terroristas da história promovidos por extremistas e grupos separatistas.

Relembre os casos:

2017 - Metrô - São Petesburgo

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Uma explosão no metrô de São Petesburgo deixou 14 mortos. A investigação local apontou que um jovem nascido no Quirguistão foi o responsável pelo ataque. Autoridades confirmaram que o suspeito tinha ligações com radicais islâmicos.

A intervenção da Rússia na guerra na Síria era apontada como a provável causa para o país ter se tornado alvo de grupos extremistas como o Estado Islâmico. O governo russo auxiliou o regime de Bashar Assad a combater milícias sunitas que tentavam derrubá-lo, entre elas o Estado Islâmico.

2015 - Avião russo - Egito

O Estado Islâmico reivindicou a autoria de um atentado que derrubou uma aeronave russa sobre o Egito e matou as 224 pessoas que estavam a bordo. A bomba que matou os ocupantes do Airbus A-321 de uma companhia russa no Egito foi colocada pelos terroristas embaixo de um dos assentos de passageiros do avião, segundo reportagem da imprensa local, na época.

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2013 - Jogos Olímpicos - Volgogrado

Homens-bomba mataram 34 pessoas em Volgogrado dois meses antes dos Jogos Olímpicos de Sochi. Um grupo extremista islâmico afirmou em vídeo divulgado pela Internet que foi o responsável pelos dois atentados suicidas em Volgogrado e também ameaçaram atacar as Olimpíadas de Inverno de Sochi.

2011 - Aeroporto Domodedovo - Moscou

Uma ação de homens bomba matou 30 pessoas no aeroporto Domodedovo, em Moscou.

2010 - Metrô - Moscou

Explosões no metrô de Moscou durante o horário de pico mataram 40 pessoas. Duas explosões ocorreram quando os vagões estavam parados nas estações do metrô e mataram passageiros que estavam no vagão e outros que estavam na plataforma.

2009 - Trajeto Moscou - São Petesburgo

Uma explosão no trem que fazia o trajeto de Moscou a São Petesburgo matou ao menos 26 pessoas.

2006 - Supermercado - Moscou

Dez pessoas foram mortas em explosão em um supermercado no subúrbio de Moscou.

2004 - Escola - Beslan

A ocupação de uma escola em Beslan, na fronteira com a Chechênia, por um grupo terrorista, levou à morte de 333 pessoas. No dia 1º de setembro de 2004, mais de mil pessoas, entre professores, estudantes e pais de alunos, foram sequestradas por mais de 30 guerrilheiros chechenos.

Os terroristas fecharam seus reféns no ginásio da escola e advertiram que o explodiriam se a Rússia não retirasse suas tropas da Chechênia ou tentasse uma operação de resgate dos sequestrados.

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Autoridades russas nos arredores da casa de shows Crocus City Hall, após atentado, em Moscou. REUTERS/Maxim Shemetov 

2004 - Metrô - Moscou

Em fevereiro de 2004, uma bomba em uma das linhas de metrô mais usadas de Moscou, a Zamoskvoretskaya (“rio Moscou”), matou ao menos 39 pessoas e feriu mais de cem. Na época, o atentado foi atribuído pelo então presidente Vladimir Putin a separatistas chechenos.

2002 - Crise dos reféns - Teatro Dubrovka

A operação de resgate por parte das autoridades russas, em 2002, para salvar cidadãos feitos de reféns por militantes chechenos acabou gerando a morte de 129 pessoas. A tragégia aconteceu no teatro Dubrovka, em Moscou, onde mais de 700 pessoas eram mantidas reféns por 40 terroristas.

/Com AP, REUTERS e EFE

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