PACARAIMA - Manifestantes chavistas foram neste domingo, 24, à fronteira do Brasil com a Venezuela para hastear uma nova bandeira do país que tinha sido roubada ontem por manifestantes da oposição.
A reportagem do Estado atestou que apesar da fronteira estar oficialmente fechada, eles entraram e saíram pelo posto aduaneiro sem nenhum problema. Com auxílio de um guindaste, eles recolocaram o símbolo do país no marco fronteiriço.
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Gritando palavras de ordem, eles chamaram os opositores de traidores, que reagiram, de trás do cordão de isolamento estabelecido pela Força Nacional de Segurança, com gritos de "puxa-sacos", "assassinos" e "mortos de fome".
O vice-ministro de Obras da Venezuela, Felipe Jorge, atribuiu a crise e a miséria na Venezuela a uma suposta guerra econômica conduzida pelos Estados Unidos contra o chavismo.
"(Há miséria) porque somos vítimas de uma guerra econômica. Caíram as máscaras", disse Jorge. "O governo de Donald Trump congelou nossas contas. Que ajuda humanitária é essa de 200 toneladas quando distribuímos milhões de toneladas de comida com as nossas caixas Clap", afirmou em referência aos alimentos subsidiados entregues pelo governo por meio dos Comitês Locais de Abastecimento e Produção.
Jorge virou as costas quando a reportagem perguntou se faltam remédios na Venezuela e retornou para a aduana sob gritos de palavras de ordem a favor do presidente Nicolás Maduro. No retorno ao território venezuelano, a aduana estava aberta para os chavistas. Ninguém precisou mostrar documentos.