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Em reação a Trump, NY quer incluir direito ao aborto na Constituição estadual

Governador Andrew Cuomo sugeriu que decisão do caso 'Roe V. Wade', que reconheceu em 1973 o direito das mulheres à prática do aborto, seja inscrito na Carta do Estado

Atualização:

NOVA YORK - O governador do Estado de Nova York, Andrew Cuomo, anunciou na segunda-feira, 30, que fará o possível para incluir o direito ao aborto na Constituição estadual para "garanti-lo de uma vez por todas", reagindo às ameaças de proibição feitas pelo presidente Donald Trump em nível federal.

"Enquanto Washington quer restringir os direitos das mulheres, nós queremos protegê-los e, porque ameaçam os direitos reprodutivos, proponho uma emenda constitucional para inscrever 'Roe V. Wade' na Constituição do Estado de Nova York e impedir qualquer ataque ao direito de escolher", declarou o governador Cuomo.

Governador de Nova York Andrew Cuomo Foto: AP Photo/Hans Pennink

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"Roe v. Wade" se refere a um emblemático julgamento da Suprema Corte americana, que reconheceu em 1973 o direito das mulheres à prática do aborto. "Não permitiremos que se atravanque o movimento que permitiu avançar a causa das mulheres. Devemos aproveitar essa ocasião para fazer o Estado e a Nação avançarem e defender a saúde das mulheres", acrescentou Cuomo, em uma nota.

À frente da resistência contra o rumo conservador do Executivo e da maioria republicana no Congresso, Cuomo já anunciou que seu governo exigirá das seguradoras de saúde a cobertura dos abortos médicos justificados e da maioria dos métodos contraceptivos.

Nesta terça-feira, Trump deve nomear um juiz "pró-vida" para ocupar a cadeira vacante na Suprema Corte. Com isso, a mais importante instância judicial dos EUA contará com quatro magistrados progressistas e cinco conservadores.

Cuomo não mencionou quando deputados e senadores do Estado de Nova York devem votar a emenda, que precisa de várias votações consecutivas para ser aprovada. / AFP

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