Começa nesta sexta-feira, 28, o 14º encontro dos países membros do G-20, que em 2019 será sediado na cidade de Osaka, no Japão. O presidente Jair Bolsonaro, assim como os outros líderes mundiais que compõem o grupo dos 20 países membros, já se encontram no Japão, entre eles o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o presidente da Rússia, Vladimir Putin e o presidente da China, Xi Jinping.
Tire as suas dúvidas de um dos principais eventos diplomáticos e econômicos do mundo:
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• Quem está no G-20?
A cúpula do G-20 – abreviação de “grupo dos 20 países” - é formada por 19 países e a União Europeia. A lista é composta por África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coréia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia, Turquia e União Europeia, representada pelo presidente da Comissão Europeia e pelo presidente do Conselho europeu.
Além deles, o país sede do encontro anual – neste ano o Japão – sempre convida líderes de outros países e organizações mundiais, que variam a cada ano. A Espanha é o único país convidado fixo. Em 2019, Holanda, Cingapura e Vietnã também estarão presentes.
As seguintes organizações de nações também são convidadas fixas: A Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean, na sigla em inglês), liderada este ano pela Tailândia, a União Africana (AU), liderada pelo Egito, a Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), presidida pelo Chile, e a Nova Parceria pelo Desenvolvimento da África (Aped), presidida pelo Senegal. O que varia anualmente é o presidente de cada uma que estará presente no G-20
Além deles, organizações como a Organização das Nações Unidas (ONU), o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial e a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) estão na lista de convidados fixos, entre outras.
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• Qual o objetivo do G-20?
A cúpula do G-20 é conhecida por ter como foco questões econômicas. Foi definida como “o primeiro fórum para a cooperação econômica internacional” pelos membros em 2009. O grupo reúne mais de 80% do PIB mundial.
Recentemente, outros tópicos abrangeram a discussão da macroeconomia, como desenvolvimento, mudança climática e produção de energia, saúde, terrorismo, migração e igualdade de gênero. Para o G-20, qualquer um destes tópicos interfere diretamente no desenvolvimento econômico dos países.
• Quando e por que foi criado?
O G-20 começou suas atividades no ano de 1999, após a crise financeira asiática. Os ministros da Economia dos países membros do G-7 decidiram criar um grupo maior, composto tanto por nações desenvolvidas quanto por economias em desenvolvimento.
As reuniões de Ministros da Economia e presidentes de Bancos Centrais tinham como objetivo a cooperação entre os países para alcançar o desenvolvimento econômico estável e sustentável, além de possíveis propostas de financiamento. Os países membros não mudaram desde então.
Entretanto, somente em novembro de 2008 ocorreu a primeira reunião com todos os membros do G-20, em Washington, posterior à crise econômica do mesmo ano. Foi neste ano que os encontros passaram a reunir os líderes de Estado de cada país. As reuniões começaram em uma frequência semestral, passando a ser anual em 2011.
• Como são escolhidas as sedes das reuniões?
A cada ano a sede das reuniões muda, assim como a presidência do G-20. O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, preside o grupo desde dezembro de 2018, por isso a reunião deste ano será lá. Em dezembro de 2019, a presidência passa para a Arábia Saudita, sede do encontro de 2020.
Para fazer o sorteio da liderança, os países membros foram divididos em cinco grupos, com exceção da UE. Cada grupo contém quatro países, menos o grupo 3. A cada ano, um dos grupos ganha a vez de liderar o G-20, e então os membros do grupo escolhido devem escolher entre si qual país será o próximo a presidir a cúpula.
O Brasil nunca liderou e portanto nunca sediou o G-20. O país está no grupo 3, com a Argentina e o México. A sede do encontro de 2018 foi a Argentina. Assim, para que o encontro seja aqui, é necessário que o grupo dos países da América Latina tenha novamente a vez da presidência e entre em um acordo para escolher o Brasil. O México presidiu o G-20 em 2012.
• Qual a diferença entre o G-7 e o G-20?
O G-7 é composto somente pelas principais potências econômicas mundiais: Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido. A UE não é membro da cúpula, mas acompanha anualmente as reuniões como observadora.
O G-7 foi por muitos anos G-8, quando a Rússia foi convidada para compor o grupo, em 1998. Em 2006, presidiu e sediou o evento. Quando os conflitos com a Ucrânia eclodiram, em 2014, a Rússia foi expulsa da cúpula, que desde então voltou a ser G-7.