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De Beirute a Nova York

Deixem as pessoas serem judias, muçulmanas, católicas e mórmons em paz

no twitter @gugachacra

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Por gustavochacra
Atualização:

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Hoje participo do programa Globo News Em Pauta, às 20 horas. Assista aqui uma das minhas participações na semana passada

No mesmo dia em que dezenas de milhares de judeus ortodoxos homens se reuniram no estádio do Mets em Nova York para discutir os riscos da internet, em evento em que as mulheres receberam apenas autorização para assistir à distância pela TV, o vice-prefeito de Tel Aviv deu uma entrevista bebendo uma cerveja depois de uma balada em Israel para a rede de TV CBS.

São duas cenas tão antagônicas que ajudam qualquer pessoa a entender o quão diverso é o judaísmo, Israel e mesmo as demais religiões. Dá para visitar Jerusalém e voltar apenas falando do conservadorismo do bairro de Meah Shearim. Assim como dá para ir a Tel Aviv e falar dos encantos deste que é o segundo maior hub de tecnologia do mundo, atrás apenas do Vale do Silício, e de sua cada vez mais proeminente indústria farmacêutica, além de ser uma capital gay.

Um desavisado, que nunca viajou para o mundo árabe ou islâmico, pode achar que os muçulmanos são todos ultra-conservadores, como os wahabitas. Mas, se por acaso, no vôo para Riad, o avião precisou fazer uma parada técnica em Beirute, ele pode achar que o islã permite álcool e sexo antes do casamento.

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No momento, os mórmons são os que sofrem preconceito. Em vez de criticarem Mitt Romney por suas idéias, das quais se pode discordar ou concordar, optam por atacar a sua religião repetindo clichês absurdos. O republicano também é alvo por ser rico, como se isso fosse um crime - não há uma acusação de corrupção contra ele, que fez dinheiro sozinho.

Vamos deixar de lado estes preconceitos. Até o comediante Jon Stewart, a quem sempre admirei, passou do ponto ao colocar um símbolo do catolicismo em uma vagina para criticar os que são contra o direito ao aborto. Dava para fazer a mesma crítica, de maneira ainda mais engraçada, sem ofender ninguém. E, mais importante, respeitando quem pensa de forma diferente.

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O jornalista Gustavo Chacra, correspondente do jornal "O Estado de S. Paulo" e do portal estadão.com.br em Nova York e nas Nações Unidas desde 2009, é mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia. Já fez reportagens do Líbano, Israel, Síria, Cisjordânia, Faixa de Gaza, Jordânia, Egito, Turquia, Omã, Emirados Árabes, Iêmen e Chipre quando era correspondente do jornal no Oriente Médio. Participou da cobertura da Guerra de Gaza, Crise em Honduras, Crise Econômica nos EUA e na Argentina, Guerra no Líbano, Terremoto no Haiti e crescimento da Al-Qaeda no Iêmen. No passado, trabalhou como correspondente da Folha em Buenos Aires. Este blog foi vencedor do Prêmio Estado de Jornalismo, empatado com o blogueiro Ariel Palacios

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