BAGDÁ - O Parlamento iraquiano aprovou nesta segunda-feira, 30, uma resolução pedindo ao governo que adote medidas de reciprocidade em relação ao decreto anti-imigração assinado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O parlamento pediu que o governo iraquiano "responda de forma recíproca à decisão americana caso os Estados Unidos não voltem atrás nessa decisão", informou um porta-voz do Parlamento.
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"O Parlamento votou por ampla maioria o pedido para que o governo e a chancelaria respondam de forma recíproca", afirmou o deputado Hakim al-Zamili. Outro parlamentar, Sadiq al Laban, disse que os legisladores esperam, no entanto, "que o governo americano reconsidere sua decisão".
O decreto assinado por Trump na sexta-feira proíbe a entrada nos Estados Unidos durante três meses de cidadãos de Iraque, Irã, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen, todas nações de maioria muçulmana, para lutar contra "os terroristas islamitas radicais".
Reunidos na capital Bagdá, os parlamentares apresentaram esta moção ao governo que, até a manhã desta segunda-feira, ainda não respondeu oficialmente às restrições impostas por Donald Trump. No sábado, o Irã também anunciou que adotará a reciprocidade em relação aos americanos, impedindo o acesso dos cidadãos do país pelo mesmo período.
Se o governo iraquiano adotar a moção do Parlamento e decisão pode afetar a cooperação entre Washington e Bagdá na luta contra o grupo terrorista Estado Islâmico (EI) em meio aos confrontos para recuperar o controle de Mossul, a segunda maior cidade do país.
Atualmente, cerca de 4,8 mil soldados americanos estão no Iraque e o país ocupa posição central na coalizão internacional antijihadista apoiada pelas forças iraquianas des de setembro de 2014. / AFP