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Ruanda deve receber o 1º aeroporto de drones do mundo em 2016

Projeto inovador escolheu o pequeno país africano para testar a viabilidade do transporte de suprimentos com o uso de aeronaves não tripuladas; iniciativa deve estar 100% funcional em 2020

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Por Redação Internacional

Em um futuro não muito distante, frotas de aviões não tripulados, os drones, carregando produtos essenciais como medicamentos devem ser comuns nos céus de Ruanda, colocando este que é o menor país da região centro-oriental da África na vanguarda de uma revolução tecnológica.

Este é o objetivo do projeto Aeroporto de Drones (Droneports, no original em inglês) de Jonathan Ledgard, chefe do projeto Afrotech no Instituto Federal de Tecnologia da Suíça, e do arquiteto britânico de renome mundial Norman Foster, que planejam iniciar já em 2016 a construção do primeiro aeroporto de drones no país.

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A fase inicial do projeto, cuja conclusão está prevista para 2020, deve contar com a construção de três aeroportos de drones, capazes de atender a 44% do território de Ruanda. No futuro, a iniciativa pode ser ampliada para mais de 40 estações o que, aliada à localização central do país, permitiria também a expansão da iniciativa para países vizinhos, como o Congo.

Projetados para serem baratos, simples e robustos, os drones utilizados no projeto terão uma capacidade inicial de carga de 10kg, mas em 2020 espera-se que eles sejam capazes de carregar até 100 kg entre suprimentos e carga.

Já o hub dos drones, além de operações de carga e descarga, também deve permitir que o aparelho seja recarregado, além de contar com estrutura para reparos. Cada aeroporto de drones deve levar de dois a três anos para ser construído, a um custo estimado de US$ 300 mil.

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"Procurei Norman porque sabia que não tinha ninguém no planeta mais capacitado do que ele para projetar esse empreendimento", disse Ledgard em entrevista à emissora americana CNN. "Eu disse: 'você projetou o maior aeroporto do mundo (em Pequim), agora crie para mim o menor de todos'".

As estruturas planejadas pela dupla são de extremamente fáceis de serem construídas e todas as matérias-primas necessárias já existem no país.

"Os cenários geográfico e sociais desafiadores de Ruanda faz com que o país seja ideal para testarmos o projeto dos aeroportos de drones", disse Foster ao apresentar o projeto. O arquiteto acredita que a iniciativa "pode ter um impacto maciço neste século e salvar vidas imediatamente".

Equipamentos. "Queríamos um conceito que fosse realmente barato. Os drones, propriamente falando, terão uma ínfima quantidade de tecnologia de ponta e uma grande quantidade de tecnologia que está amplamente difundida", disse Ledgard sobre os equipamentos que devem operar no aeroporto de drones.

Pensados para serem robustos, econômicos e de fácil conserto, os aviões não tripulados serão movidos por motores elétricos e têm um design de asa fixa, mais parecidos com aviões comerciais em vez dos quadricóptero que são populares atualmente.

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Como aplicação inicial, a equipe de projeto espera que os drones facilitem o transporte de bolsas de sangue para transfusões, além de outros suprimentos como remédios. Depois, a rede poderia ser estendida para produtos perecíveis e vendas pela internet.

Apesar de o projeto estar bem adiantado, Ledgard admite que ainda é preciso alguns cuidados até que ele vire realidade. "Queremos enfatizar que ainda temos alguns desafios para superar. Mas estamos fazendo bastante progresso e ficarei muito desapontado se ele não for posto em prática no ano que vem."

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