Taleban pede mais ajuda após terremoto no Afeganistão

Autoridades cancelaram a busca por sobreviventes na região montanhosa do sudeste perto da fronteira com o Paquistão após o terremoto de 6,1 graus na quarta-feira

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Por Redação
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CABUL - Suprimentos médicos vitais chegaram a hospitais neste sábado, 25, na área remota do Afeganistão atingida por um terremoto que matou mais de 1 mil pessoas na última semana, enquanto o governo talibã do país pediu mais ajuda internacional.

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As autoridades cancelaram a busca por sobreviventes na região montanhosa do sudeste perto da fronteira com o Paquistão após o terremoto de 6,1 graus na quarta-feira, 22, que também feriu cerca de 2 mil pessoas e destruiu ao menos 10 mil casas.

Os tremores secundários na sexta-feira, 24, mataram pelo menos mais cinco pessoas na área a cerca de 160 quilômetros a sudeste da capital, Cabul, e equipes médicas disseram que instalações de saúde rudimentares estavam dificultando seus esforços para ajudar os feridos.

Terremoto no Afeganistão deixa ao menos 1 mil pessoas mortas e outras 2 mil feridas Foto: Bakhtar News Agency via AP

“Aqueles feridos que estavam em graves condições e precisavam de operações, (o que) não podemos fazer aqui, foram enviados para Cabul”, disse Abrar, gerente de um hospital em Paktika, província mais afetada.

O desastre é um grande teste para os governantes linha-dura do Taleban do Afeganistão, que foram evitados por muitos governos estrangeiros desde que assumiram o controle do país no ano passado devido a preocupações com os direitos humanos.

O Afeganistão foi cortado de grande parte da assistência internacional direta por causa das sanções ocidentais, aprofundando uma crise humanitária em partes do país antes mesmo do terremoto acontecer.

As Nações Unidas e vários outros países enviaram ajuda às áreas afetadas, com mais chegadas nos próximos dias, e o Talibã apelou neste sábado por mais remessas para ajudar as vítimas do terremoto.

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“Pedimos a todas as organizações humanitárias que ajudem as pessoas”, disse Mohammad Amen Hozifa, porta-voz do governo da província de Paktika. / Reuters

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