Quase 60 mil litros de vinho tinto no valor de €2,5 milhões (R$ 13,3 milhões) se perderam quando um desconhecido abriu vários barris em uma adega no centro da Espanha, denunciou a empresa afetada.
Imagens de câmeras de vigilâncias mostram um indivíduo encapuzado que vai percorrendo os tanques de vinho e os abre, esparramando pelo chão o líquido.
A situação aconteceu no domingo às 3h30 locais (23h30 de sábado em Brasília) na adega Cepa 21, situada em Castrillo de Duero, perto de Valladolid, informou a empresa. No total, 60 mil litros, equivalentes a cerca de 80 mil garrafas, de vários vinhos tintos de alto padrão se perderam, revelou a Cepa 21, que denunciou o crime.
O desconhecido “causou um grande prejuízo econômico (...) mas mais do que isso” cometeu “um atentado contra os trabalhadores da Cepa 21, contra nossos viticultores, que lutam todos os anos para colher a melhor uva”, disse nesta terça-feira, 20, o presidente da empresa, José Moro, à televisão pública TVE.
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“Isso é prejudicar por prejudicar”, afirmou Moro, que qualificou a atitude de ato “sem sentido e com ódio”.
“Tudo nos indica que essa pessoa sabia por onde andava e sabia onde estava”, já que se moveu com grande rapidez pela adega, acrescentou Moro, que disse ter entregado uma lista de suspeitos à Guarda Civil, que investiga o ato de vandalismo.
Outro crime envolvendo vinho na Europa
Um funcionário de uma adega vinícola da região francesa de Borgonha foi preso por supostamente furtar, ao longo de vários anos, mais de 7 mil garrafas de vinho, em um valor estimado em mais de €500 mil (cerca de R$ 2,6 bilhões), informou nesta quinta-feira, 22, o Ministério Público de Dijon.
O homem de 56 anos teria furtado “milhares de garrafas ao longo de vários anos”, disse à AFP o promotor de Dijon, Olivier Caracotch. Segundo o jornal local Journal de Saône-et-Loire, o homem foi filmado por uma câmera de vigilância roubando quatro garrafas. Após a denúncia de seu empregador, ele foi preso e sua casa revistada. Os investigadores descobriram então milhares de garrafas que acumulou durante cerca de 15 anos.
Segundo o jornal, os preços das garrafas, algumas delas raras, podem ultrapassar €1.000 (R$ 5,2 mil). No entanto, “não há provas que sugiram que ele teria revendido qualquer uma das garrafas”, disse o promotor./AFP.
