Criador do Android é acusado de assédio sexual

Andy Rubin tirou uma licença de sua própria companhia, a startup Essential, 'problemas pessoais' nessa semana

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Por Agências
Atualização:
Andy Rubin, criador do Android, desenvolveuum smartphone por meio de sua empresa, a Essential Products Foto: Jim Wilson/The New York Times

Andy Rubin, um dos criadores do sistema operacional Android, tirou uma licença de sua startup Essential — que em agosto lançou o smartphone de mesmo nome — de acordo com anúncio feito pela empresa nesta quarta-feira, 29. A notícia do afastamento de Rubin coincide com uma reportagem publicada recentemente pelo jornal norte-americano The Information alegando que o criador do Android teria deixado o Google depois de uma investigação interna sobre seu comportamento na empresa.

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A reportagem do jornal norte-americano indica que o desenvolvedor deixou a gigante de tecnologia por causa de um relacionamento inadequado com uma subordinada. Na época, ela teria reportado a superiores que foi assediada por Rubin, o que teria motivado um inquérito interno na empresa para investigar o desenvolvedor.

Shari Doherty, porta voz da Essential, não especificou qual o tempo da licença de Rubin e nem se ele retornará a posição de Presidente Executivo. De acordo com o The Information, os funcionários da startup foram notificados da saída do executivo na última segunda-feira, 27. 

“Na nossa última reunião de conselho em novembro, Rubin nos pediu uma licença para poder lidar com problemas pessoais”, disse Doherty em uma nota por e-mail. Segundo a porta voz, o conselho concordou e o presidente Niccolo de Masi, que era subordinado a Rubin, vai continuar a controlar as operações da empresa.

Quando saiu do Google, Rubin divulgou que estava deixando a empresa porque queria investir seu tempo com projetos de robótica. Procurado pela Reuters, o Google, por sua vez, não quis comentar o assunto.

Um porta-voz de Andy Rubin, no entanto, se posicionou afirmando que os relacionamentos que Rubin teve durante seu tempo no Google foram consensuais e que ele não se envolveu com nenhuma pessoa na sua linha de comando. “Rubin nunca recebeu nenhuma reclamação do Google sobre sua conduta enquanto era funcionário da empresa’, disse Michael Sitrick. O porta voz, no entanto, não comentou sobre quais são os problemas pessoais enfrentados pelo desenvolvedor agora.

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