Depois da OpenAI, Microsoft firma parceria com nova promessa da IA

Gigante fez investimento na startup francesa Mistral AI, que foi fundada há alguns meses e já tem valor bilionário

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação

A Microsoft anunciou nesta segunda-feira, 26, uma parceria com a startup francesa de inteligência artificial (IA) Mistral AI, considerada uma das grandes promessas do setor. O negócio poderá diminuir a dependência da empresa fundada por Bill Gates em relação à OpenAI, fabricante do ChatGPT, para o desenvolvimento da próxima onda de chatbots e outros produtos de IA generativa.

A Mistral AI surgiu há menos de um ano, mas já é, segundo a Microsoft, uma empresa“inovadora e pioneira” na vanguarda da criação de sistemas de IA. A Microsoft e a Mistral não divulgaram os termos financeiros do acordo, embora a Microsoft tenha dito que ele envolve um pequeno investimento na startup sediada em Paris. Isso sugere que é muito menor do que o investimento de bilhões de dólares da Microsoft na OpenAI, um relacionamento de anos que atraiu a atenção de reguladores antitruste nos EUA e na Europa.

FILE PHOTO: Microsoft logo is seen near computer motherboard in this illustration taken January 8, 2024. REUTERS/Dado Ruvic/Illustration/File Photo Foto: REUTERS / REUTERS

PUBLICIDADE

A Mistral também lançou nesta segunda-feira uma versão de teste de seu próprio chatbot, chamado Le Chat, que ficou indisponível durante parte do dia devido ao alto interesse pela ferramenta. A startup também anunciou seu mais novo modelo amplo de linguagem (LLM), o Mistral Large - segundo a companhia, ele está no mesmo nível de concorrentes como o GPT-4, da OpenAI, o Claude 2, da Anthropic e o Gemini Pro, do Google. A IA estará disponível na plataforma de computação em nuvem Azure, da Microsoft.

A Mistral também disse anteriormente que está se unindo a outros grandes provedores de nuvem, incluindo Amazon e Google.

A Mistral causou um grande impacto ao atrair grandes quantias de financiamento de investidores, o que lhe conferiu uma avaliação multibilionária poucos meses após sua fundação no ano passado. Sua abordagem de “código aberto” para o desenvolvimento de IA significa que ela libera publicamente os principais componentes de seus modelos, em contraste com empresas como a OpenAI, que os protegem de perto.

A empresa foi fundada por três ex-pesquisadores franceses do Google e da Meta: O CEO Arthur Mensch, o cientista-chefe Guillaume Lample e o diretor de tecnologia Timothee Lacroix.

Quando a União Europeia estava elaborando a versão final de sua Lei de Inteligência Artificial, um conjunto abrangente de regulamentações de IA, a Mistral se opôs aos esforços para impor restrições aos modelos de fundação que alimentam os sistemas de IA generativa. Mensch declarou que as propostas da UE para um sistema de dois níveis desencorajariam os recém-chegados inovadores./ AP

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.