A empresa de hospedagem Airbnb anunciou nesta terça-feira, 5, que vai demitir 25% dos seus funcionários por conta da crise do novo coronavírus. Os cortes, que giram em torno de 1,9 mil pessoas, vão acontecer até o início da semana que vem e foram anunciados pelo presidente executivo Brian Chesky em uma carta enviada aos empregados.
Segundo ele, as receitas da startup foram bastante afetadas por conta da crise do novo coronavírus – com isolamento social e redução de viagens, menos e menos pessoas estão usando os serviços do Airbnb para se hospedarem. “A receita deste ano deve ser menos da metade do que tivemos em 2019”, disse Chesky.
Após o anúncio, a reportagem do Estado procurou o Airbnb no Brasil para saber como as demissões vão se refletir na operação da empresa no País – em resposta, a companhia disse que apenas vai se posicionar globalmente sobre o assunto.
As demissões são mais um capítulo na crise do Airbnb em 2020. No início do ano, a empresa disse que iria alocar US$ 250 milhões para ajudar anfitriões com prejuízos causados pelas interrupções nas viagens. No final de março, a empresa disse que ia cortar suas atividades de marketing para economizar US$ 800 milhões. Além disso, fundadores não receberão salário e os altos executivos da empresa tiveram uma redução de salário de 50%.
A companhia também levantou US$ 1 bilhão em capital de risco e mais US$ 1 bilhão em empréstimos para navegar na crise. Na carta desta terça-feira, Chesky disse ainda que a crise atual fará a empresa parar seus esforços nas áreas de transporte e Airbnb Studios, além de reduzir investimentos em hotéis e habitações de luxo.
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