Sem alarde, o Nubank recebeu um novo aporte de US$ 300 milhões - o anúncio não foi feito oficialmente, mas a transação foi registrada em 19 de junho junto à Securities Exchange Comission, instituição dos EUA equivalente à Comissão de Valores Mobiliários.
Além de David Vélez, fundador da companhia, assinam também o documento Douglas Leone, do Sequoia Capital, Nicolas Szekasy, da Kaszek Ventures, e Meyer “Micky” Malka, do fundo Ribbit Capital. Procurado pela reportagem, o Nubank disse que não iria comentar o assunto. Até a publicação deste texto, não tinha sido possível fazer contato com os fundos envolvidos na transação.
A última rodada de investimentos revelada pela empresa foi em julho de 2019, quando recebeu US$ 400 milhões em aportes, em movimentação liderada pelo fundo americano TCV, investidor de gigantes como Facebook, Netflix e Airbnb. Na época, a empresa brasileira estava avaliada em "cerca de US$ 10 bilhões", primeira startup nacional a se aproximar da marca sem abrir o capital.
O Nubank anunciou um prejuízo líquido de R$ 312 milhões em 2019, resultado 212% pior do que o déficit registrado no ano anterior, de R$ 100 milhões. No primeiro semestre de 2020, os números também vieram no vermelho, em R$ 95 milhões, embora tenham sido 32% menos negativos que o rombo de R$ 139 milhões registrado no mesmo período do ano passado.
Atualmente, a tem empresa tem um time de engenharia com cerca de 600 pessoas. Há um ano, eram 280 pessoas.
Já o total de funcionários também duplicou, chegando a cerca de 2,7 mil pessoas, divididas em escritórios no Brasil, no México, na Argentina e na Alemanha. Fundado em 2013, o Nubank tem hoje 26 milhões de clientes, divididos entre seu serviço de conta digital e cartão de crédito sem anuidade.
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