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Game For Honor une samurais, cavaleiros e vikings em combates online

Novo jogo da Ubisoft aposta em guerreiros históricos para se diferenciar de rivais na internet

Por Bruno Capelas
Atualização:
Jogo chega às lojas por R$ 230 (consoles) nesta terça-feira, 14 Foto:

Em uma arena de combate, cavaleiros medievais, vikings e samurais se enfrentam pelo controle da Terra -- esse é o mote de For Honor, novo game de combate e aventura da Ubisoft que chega ao mercado brasileiro nesta terça-feira, 14. Disponível para PC, Xbox One e PlayStation 4, o jogo usa uma desculpa histórica para se justificar -- ele é ambientado em um universo paralelo, no qual um cataclisma abalou nosso planeta e fez os continentes se aproximarem durante a Idade Média. 

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A retórica narrativa para aproximar as facções de guerreiro em um só mundo, porém, se esquece quando a luta começa: “você vai para um campo de batalha e tem de escolher uma das tribos. Conforme você melhora, você tem mais poderes à sua disposição”, explica a game-designer canadense Bio Jade, que participou da concepção do jogo. 

Para entrar nas batalhas, os jogadores devem escolher de qual tribo querem participar. “Os samurais são ótimos para jogadores discretos, enquanto os vikings são bons para quem gosta de partir para o ataque. Os cavaleiros, por sua vez, são mais diversificados”, diz Jade.

Dentro de cada tribo, é possível escolher entre quatro tipos diferentes de guerreiros -- a Vanguarda, que combina talentos de defesa e ataque, os Assassinos, que são rápidos e letais, os Heavies (Tanques), capazes de resistir a investidas dos inimigos, mas sem tanta velocidade, e os Híbridos, que unem características das outras três classes.

Além disso, para aumentar o poder de escolha do jogador, em algumas classes é possível escolher o sexo do guerreiro. “A diferença entre os guerreiros, porém, é puramente estética: queremos que o jogador se sinta confortável para escolher como quer se representar no jogo. Não há diferença nos poderes de um guerreiro ou de uma guerreira de mesma classe e tribo”, explica Jade, que visitou o Brasil em setembro do ano passado, durante a Brasil Game Show. Segundo ela, a tribo favorita dos brasileiros são os vikings -- já no Canadá, onde mora, são os samurais. “Nós somos meio nerds”, diz ela, aos risos. 

Arena. Além de um modo campanha, com forte apelo narrativo, missões especiais e “chefões” -- isso é, inimigos que devem ser derrotados para que o jogador “supere uma fase” especial dentro do game --, For Honor traz mais uma forte aposta da Ubisoft nos jogos para vários jogadores, depois dos jogos de tiro Rainbow Six Siege e Tom Clancy’s The Division, lançados entre o final de 2015 e o início de 2016. 

Ao todo, For Honor tem cinco modos diferentes de batalha online, que podem unir de um a quatro usuários em cada equipe. Em Domínio, times de quatro guerreiros precisam controlar zonas de um mapa, além de chefiar pequenos exércitos de suas facções. Em Duelo e Briga, respectivamente, equipes de um e dois jogadores devem eliminar os times inimigos -- já em Eliminação, são quatro contra quatro jogadores se enfrentando para ver quem será o último sobrevivente. 

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Em Batalha, também com oito jogadores, o objetivo é matar o máximo de inimigos dentro do tempo da partida -- as vidas, aqui, são infinitas. “Escolher seus alvos é algo bem importante: se você resolver atacar em uma luta mano a mano, pode acabar comprometendo todo seu time”, explica Jade. 

Durante os primeiros testes realizados pela reportagem, For Honor se mostrou um jogo bem interessante: ao oferecer combates medievais, ele se distancia da média de games online, baseados em gêneros como tiro e esportes. No entanto, não basta simplesmente colocar a espada na frente dos dentes e sair lutando: muitas vezes, decisões intempestivas podem colocar a partida em risco. Além disso, cada classe e cada tribo tem suas peculiaridades, o que é interessante para testar novas estratégias e para que cada jogador aprenda onde pode se divertir mais -- algo presente em outros jogos recentes, como Overwatch, da Blizzard. 

Além disso, For Honor guarda outra semelhança com Overwatch: ao apostar na variedade de jogadores e nas partidas online em times, o game pode se transformar em uma nova potência dos eSports. Não é algo novo para a Ubisoft, que tem investido fortemente no cenário de Rainbow Six Siege, jogo de tiro baseado na melhor dinâmica de “polícia e ladrão”. Se o jogo vai ser bem sucedido nessa arena, é esperar pra ver. 

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