Projeto apoiado pelo Google conecta quem se dispõe a ceder um muro a artistas de rua procurando um lugar para pintar
SÃO PAULO – Para tirar a arte de rua da marginalidade e o cinza-concreto dos muros de São Paulo, um coletivo de artistas e empresas lançou na semana passada o projeto Color+City, que pretende conectar quem tem um espaço urbano livre a artistas em busca de um local para pintar.
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Encabeçado por Gabriel Pinheiro e Victor Garcia, entusiastas da arte de rua, o projeto rapidamente ganhou parceiros como o Google, que liberou sua tecnologia de mapas para indicar onde estão os muros disponíveis para serem grafitados. “Estamos abertos a incorporar mais informações sobre a cidade e o grafitti faz parte da identidade cultural de São Paulo”, diz o diretor do Google, Esteban Walter, no vídeo de apresentação do projeto.
Qualquer pessoa pode cadastrar um espaço de sua propriedade no site da iniciativa, e os artistas podem pesquisar por meio do Google Maps os muros disponíveis para adoção em cada cidade. É possível reservar um local por vez por até 35 dias.
Coletivo. O Color+City foi idealizado há dez meses, quando Gabriel e Victor perceberam que vários artistas de rua enfrentavam o mesmo problema. “Os caras conseguiam autorização verbal para pintar o muro, mas quando a polícia chegava, os proprietários do espaço ficavam assustados. Pensamos em criar uma forma de validar esse uso”, explica Victor.
Um amigo em comum apresentou a dupla para Roberto Martini, CEO da Flag, uma holding de empresas criativas que ajudou a formatar o projeto nos moldes em que existe hoje. Foi ele também quem apresentou a iniciativa para grandes empresas como o Google, que já apoiava a arte de rua por meio de iniciativas como o Google Art Project, que acaba de lançar uma galeria com imagens dos muros de São Paulo.
“Nós atendemos grandes marcas, mas sempre tentamos levar um pouco de consciência para esse trabalho. É fácil juntar pessoas quando há um objetivo em comum”, diz Martini.
De São Paulo, o projeto já se espalhou pelo interior e para outras capitais. Agora o coletivo quer alcançar o mundo. “Muita gente ofereceu ajuda. Temos marcas de tinta querendo doar material, prefeituras interessadas em ceder espaços públicos e pessoas dispostas a fazer a divulgação. O projeto tocou muita gente”, comemora Martini.
Veja como participar:
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